A Câmara dos Deputados vai gastar R$ 36 milhões na reforma de 96 dos 432 apartamentos funcionais destinados a parlamentares em Brasília. As obras começarão ainda este ano, segundo a secretaria da Câmara, e devem durar 12 meses.
Segundo o deputado José Carlos Machado (DEM-SE), quarto-secretário da Casa, o custo de reforma será compensado pela redução no pagamento de auxílio-moradia aos parlamentares que não usam os imóveis. O auxílio é de R$ 3 mil mensais. Atualmente, o benefício é pago a 295 deputados, embora haja 207 imóveis desocupados.
O valor gasto com reformas, porém, pode aumentar. Estudo da Coordenação de Habitação da Câmara dos Deputados (Cohab) cogita a possibilidade de reforma de todos os 432 apartamentos, pelo valor de R$ 158 milhões.
Os gastos seriam compensados pelo fim do pagamento do auxílio-moradia aos parlamentares e dos custos de manutenção dos imóveis. Hoje, a Câmara paga R$ 36 mil por ano aos deputados que recorrem ao auxílio, um gasto anual de R$ 10,6 milhões anuais.
Os deputados eleitos têm direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia. Muitos optam pelo auxílio-moradia em razão do mau estado de conservação dos imóveis. Os apartamentos funcionais têm entre 200 metros quadrados e 236 metros quadrados.
Entre as opções estudadas pela Cohab sobre o destino dos imóveis funcionais está a devolução dos imóveis à União e o pagamento de auxílio a todos os parlamentares. Nesse caso, a Câmara se livraria dos custos de administração e gerência dos imóveis, além de tornar os gastos com moradia dos deputados mais previsível.
As obras de reforma devem incluir a troca de todos os elevadores dos prédios de apartamentos funcionais, revestimentos internos e externos, impermeabilização, troca das esquadrias de ferro por alumínio, implantação do sistema de aquecimento solar, troca de encanamento e do sistema elétrico.
Os apartamentos terão ainda cabos para antena coletiva, internet e TV a cabo, circuito fechado de TV, alarme e combate de incêndio e centrais de gás.

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