O colorido de uma bala, o prazer de um doce, a inocência de um cachorro-quente. Nem tudo que uma criança leva à boca chega a ser um perigo. Mas nem por isso também deixam de fazer mal e exigir cuidado dos pais.
A Academia Americana de Pediatria pesquisou e descobriu que, nos Estados Unidos, todos os anos, mais de cem crianças morrem por asfixia e 15 mil chegam a ser atendidas nos hospitais. Em 2006, por exemplo, das 141 crianças que morreram asfixiadas, 61 foram por causa da alimentação. Desses casos, 16% estavam relacionados aos cachorros-quentes, o tão popular hot-dog americano.
Ele é descrito como um alimento – veja só – de alto-risco pelos médicos. O formato, o tamanho, a consistência da salsicha são capazes de obstruir as vias respiratórias.
A Associação Americana de Pediatria já reagiu e pediu ao departamento americano que controla remédios e alimentos mudanças radicais – no formato e nas embalagens dos produtos direcionados às crianças.
De acordo com a proposta dos médicos, os cachorros-quentes, as cenouras cruas, as uvas, as maçãs devem ser cortados em pedaços do tamanho de uma ervilha para serem comercializados. Já as balas, pipocas, amendoins e marshmallows não devem nem ser oferecidos aos pequenos.
Há ainda o pedido de uma etiqueta com uma grande advertência sobre asfixia assim como já existe nas embalagens dos brinquedos. Em alguns pacotes de salsicha já é possível encontrar o alerta. Mas parece ser pequeno demais para o tamanho do problema.

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