O Brasil está em quinto lugar entre os países com maior número de mortes no trânsito, segundo a Organização das Nações Unidas. Com os acidentes, o prejuízo é de aproximadamente R$ 14,5 bilhões ? o que equivale à arrecadação anual de impostos de Acre, Alagoas, Amapá, Tocantins, Maranhão, Paraíba e Sergipe.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Polícia Rodoviária Federal, as tragédias nas estradas custaram R$ 9,565 bilhões até agosto (dado mais recente disponível), 4,6% a mais que em 2010.
De acordo com os analistas do Ipea, por volta de 60% do prejuízo vem da perda de produção do trabalhador: a pessoa morre ou fica incapacitada. Os demais gastos são de atendimentos hospitalres, danos ao veículo, etc. Cada morte custa, segundo o Ipea, R$ 567 mil aos cofres públicos.
O Brasil é um dos signatário do acordo das Nações Unidas chamado de Década de Ação para Segurança Viária ? que promete reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2020. A Espanha, por exemplo, conseguiu instituir um plano nacional e cortar em 57% os óbitos nas rodovias.
O caso brasileiro tem seguido o caminho inverso. As perdas nas estradas têm aumentado em média 7% por ano desde 2004. O país só está atrás de Índia, China, Estados Unidos e Rússia na quantidade de mortos. Alguns dos principais problemas apontados é que as estradas deixaram de ser eminentemente rurais e cresceu bastante o número de motocicletas em circulação ? hoje elas já correspondem a 22% da frota.
As informações foram publicadas nesta segunda (26) no jornal Folha de S. Paulo.

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