A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados encaminhou, nessa quarta-feira (29), um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja analisada a possibilidade de prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O pedido ocorre após a operação policial mais letal da história do estado, realizada na terça-feira (28).
De acordo com informações do Ministério Público do Rio de Janeiro, até essa quarta-feira (29), ao menos 132 pessoas morreram na ação, entre elas quatro policiais, dois militares e dois civis.
O documento enviado à PGR foi assinado pelo presidente da Comissão, deputado Reimont (PT-RJ), e por outros oito parlamentares: Talíria Petrone (PSOL-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Tadeu Veneri (PT-PR), Luiz Couto (PT-PB), Glauber Braga (PSOL-RJ), Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
“Consideramos que o que aconteceu lá no Rio foi um crime do governador, e não foi o primeiro. Estamos falando de sete chacinas em seis anos de governo de Cláudio Castro”, declarou Reimont ao Metrópoles.
A Comissão de Direitos Humanos também anunciou que deve realizar, nesta quinta-feira (30), uma visita à comunidade da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, local onde ocorreu a operação. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, deve acompanhar a comitiva.
O pedido encaminhado à PGR reforça a preocupação de parlamentares e órgãos de defesa dos direitos humanos com o alto número de mortes registrado na operação. A iniciativa marca mais um desdobramento político e jurídico em torno das ações de segurança pública conduzidas pelo governo do Rio de Janeiro.
Com informações do Metrópoles










