Prorrogada duas vezes neste ano por causa da baixa adesão das pessoas, a campanha de vacinação se encerra de vez nesta sexta-feira (4) em todo o Estado.

O programa de imunização contra a poliomelite, que tem como público-alvo crianças com menos de 5 anos, teve início em todo o Brasil no dia 5 de outubro.

No dia 29 do mesmo mês, o governo de Minas decidiu prorrogar a campanha pela primeira vez, até 20 de novembro. Em seguida, como a cobertura vacinal ainda estava bem abaixo da meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde, de 95%, a campanha foi prorrogada uma segunda vez, até 4 de dezembro.

Nesta sexta, a cobertura vacinal ficou ainda bem aquém do esperado. Em todo o estado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), 826.730 crianças foram vacinadas, de um total de 1.034.782 estimado como público-alvo, o que corresponde a uma cobertura de 79,89% da meta de 95%.

Considerando Belo Horizonte, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cobertura vacinal até o momento foi de pouco mais da metade – 58,3% – das crianças de 1 a 4 anos.

O risco de a pólio voltar

É importante lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é a vacinação. A vacina é extremamente segura e possui eficácia entre 90% e 95% para a doença, ressalta o Ministério da Saúde.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, as baixas coberturas vacinais têm graves consequências quando o assunto é saúde pública.

“Entre os anos de 2017 e 2019, o estado enfrentou epidemia de febre amarela e surto de sarampo, respectivamente, em decorrência das baixas coberturas registradas”, disse a pasta.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

Fonte: G1

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