Um homem, de 51 anos, e uma mulher, de 49 anos, foram encontrados sem vida no interior de um quarto em uma pousada de Monte Verde, distrito de Camanducaia, no Sul de Minas, na manhã desse sábado (24). A suspeita é que eles tenham sido intoxicados por monóxido de carbono.
De acordo com a Polícia Militar, o proprietário do empreendimento afirmou que, após não ver movimentação do casal, por volta das 10h, bateu à porta, mas não obteve retorno. Em seguida, ele ligou para os telefones celulares deles, que também não responderam.
Por isso, ele decidiu utilizar uma reserva de chave para abrir a acomodação. Nesse momento, ele encontrou os corpos do casal caídos no chão. O homem, que não teve a identidade informada, ainda relatou que chamou um serviço de socorro médico, que constatou o óbito da dupla.
Em seguida, a Polícia Militar foi acionada. À corporação, além do relato dos acontecimentos, o proprietário também afirmou que a pousada não possui alvará do Corpo de Bombeiros e que, durante “um tempo”, percebeu que a bomba d’água do banheiro do quarto das vítimas permaneceu ligada.
Ele também afirmou que a última vez que a dupla havia sido vista com vida foi por volta das 18h de sexta-feira, momento em que a filha do empresário havia deixado um saco de lenha para o casal.
A Polícia Civil compareceu à pousada. A perícia foi feita e não foram encontrados sinais de violência nas vítimas. Os corpos foram recolhidos e levados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Pouso Alegre, na mesma região.
Suspeita
De acordo com reportagem do jornal O Globo, o casal é de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Segundo familiares das vítimas entrevistados pelo veículo, o casal teria sido intoxicado por monóxido de carbono.
A reportagem tentou contato com o chalé envolvido no fato, mas sem sucesso.
Outro caso
Em 17 de março de 2011, Gustavo Lage Caldeira Ribeiro e Alessandra Paolinelli Barros morreram após exposição ao monóxido de carbono em uma pousada na serra da Moeda, no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Inicialmente, a suspeita era que a substância havia saído de uma lareira acesa dentro do quarto. No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que o problema foi causado por uma reforma irregular que interferiu no sistema de aquecimento da banheira de hidromassagem.
O monóxido de carbono produzido pelo equipamento, que deveria escoar para a parte externa do chalé, ficou confinado entre paredes de alvenaria e escoou para dentro do quarto através da tubulação da banheira. A mesma falha no sistema de aquecimento foi identificada em outros quatro chalés da pousada, que permanece em funcionamento e com todas as instalações ativas.
Gustavo e Alessandra, de acordo com a polícia, teriam usado a banheira aquecida e esquecido o aparelho ligado, que ficou em funcionamento por pelo menos dez horas. A alta concentração do monóxido de carbono causou sonolência, tontura e os levou à morte.
Fonte: O Tempo