Teve início na manhã desta quarta-feira (7) o julgamento de Alex Júnior Alexandre, de 29 anos, acusado de matar a enteada Ana Clara, de cinco anos, em Carmo da Mata. O crime ocorreu em 2016 e a vítima foi morta por asfixia. A autópsia revelou que ela foi enterrada viva.

A segurança no entorno do Fórum de Cláudio, onde ocorre o julgamento, foi reforçada pela Polícia Militar e por agentes penitenciários e o quarteirão foi fechado.

Alexandre foi escoltado por agentes e, na porta do Fórum, várias pessoas acompanharam a movimentação. Sete jurados foram escolhidos, cinco mulheres e dois homens. O acusado está sujeito a pena de 12 a 30 anos de prisão, caso seja condenado.

O crime

Ana Clara desapareceu no dia 12 de novembro de 2016. Ela foi vista pela última vez em casa, em Carmo da Mata, na companhia de Alex, da mãe Marciana Pereira da Cruz e do irmão.

De acordo a inicial acusatória, o padrasto ouviu da companheira que estaria se organizando para passar uns dias na casa de uma amiga em outra cidade. Insatisfeito com isso, o suspeito colocou a menina no carro e seguiu até a comunidade do São Bento, em Cláudio.

Ainda segundo o documento, o jovem desacordou e enterrou a criança viva, causando a sua morte por asfixia.

Assim que sentiu falta da menina, a mãe da criança pediu ajuda dos vizinhos para localizá-la e denunciou o desaparecimento à polícia. Ela e o companheiro foram levados para a delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem e, por isso, ele foi preso temporariamente.

O corpo da menina foi encontrado no dia 19 de novembro, após seguirem pistas fornecidas pelo padrasto. A vítima estava perto de uma plantação, enterrada em cova rasa. Na ocasião, Alex disse que a morte foi acidental.

O velório de Ana Clara foi feito com o caixão lacrado, por causa do estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado.

Ana Clara foi enterrada viva, segundo laudo do IML – Foto: TV Integração/Reprodução

 

 

Fonte: G1||

COMPATILHAR: