Redação UN

23 mortes e mais de 1300 casos da doença. Este é o panorama atualizado para a Covid-19 em Formiga.

Com o número de casos subindo em um ritmo acelerado e a ocupação dos leitos de UTI chegando a 100% na Santa Casa do município; por dia, centenas de formiguenses manifestam indignação nas redes sociais pedindo intervenção da administração municipal, de vez que, as regras atualmente vigentes são determinadas pelo protocolo da Secretaria de Estado de Saúde, batizado de “Minas Consciente”, cuja adesão de Formiga ocorreu em 15 de setembro.

O programa estadual prevê a gestão da abertura das atividades econômicas de acordo com a evolução ou queda no número de casos por macro e microrregiões do Estado, classificando-as por meio de ondas (verde, amarela ou vermelha) que indicam as restrições previstas de acordo a situação atual da região.

Até a adesão do município ao “Minas Consciente”, essa gestão era feita pela Câmara Técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Enfrentamento ao Novo Coronavírus, por meio de protocolo de ocupação de leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Formiga, que então contava com 19 leitos. Atualmente, na fase mais aguda da pandemia, há apenas 5 leitos de UTI para casos de covid, para atender pacientes de Formiga e cidades vizinhas, com a possibilidade dos pacientes formiguenses terem que ser transferidos para outras cidades.

É válido lembrar que o Superior Tribunal Federal (STF) determinou em 22 de setembro através de decisão do Ministro Alexandre de Moraes, que a adesão dos municípios ao programa do Estado não era obrigatória. A questão estava sendo analisada pela Justiça quando Formiga passou a compor o “Minas Consciente”.

Na data da adesão de Formiga (15 de setembro), 594 casos haviam sido confirmados no município e 14 pessoas haviam morrido em decorrência da doença. Em meados de novembro a média diária passou a aumentar e continua ascendendo, tendo chegado aos exatos 1.359 casos na terça-feira (8), com 23 mortes, uma delas confirmada na noite de terça e uma na manhã desta quarta-feira (9).

Fato é que o perfil de Formiga se difere bastante das cidades que compõem a microrregião-Oeste pela capacidade de atendimento, população maior e no que se refere à capacidade de testagem montada, superior a de cidades da região, o que demanda uma gestão individualizada como antes vinha sendo eficaz.

Atualmente, enquanto municípios em redor registram médias inferiores a cinco casos por dia, Formiga passa dos 20 e uma intervenção rápida da atual administração se faz necessária para evitar não apenas o colapso do sistema local de saúde quanto da economia, fatalmente prejudicada em caso de novo fechamento completo das atividades comerciais.

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