O ministro do Turismo, Celso Sabino, oficializou nesta sexta-feira (26) sua saída do governo federal, atendendo a uma orientação do União Brasil, partido ao qual é filiado. A decisão ocorre após uma resolução da legenda, emitida no dia 18 de setembro, que estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus integrantes nomeados em cargos no governo deixassem suas funções, sob pena de serem enquadrados por infidelidade partidária.

Sabino era o último representante do União Brasil a permanecer no alto escalão da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na semana passada, ele já havia comunicado pessoalmente ao presidente sua intenção de deixar o cargo, embora o anúncio oficial só tenha sido feito agora.

Antes de confirmar a demissão, o ministro tentou negociar com a cúpula do partido uma licença partidária que lhe permitiria se manter no cargo até 3 de abril de 2026, prazo final para desincompatibilização de quem pretende disputar cargos eletivos. Sabino tem planos de concorrer ao Senado pelo Pará.

O ultimato do União Brasil foi divulgado à imprensa na mesma nota em que o partido manifestou solidariedade ao presidente da sigla, Antônio Rueda, após o nome do dirigente aparecer em investigações da Polícia Federal sobre suposta infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiros e de combustíveis do país. A nota afirma que “causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula — movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”.

A medida anunciada em setembro também afeta o ministro André Fufuca, titular da pasta do Esporte, filiado ao Progressistas. Desde agosto, União Brasil e PP formam uma federação partidária que reúne 108 deputados federais e 14 senadores, sendo a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado.

Natural de Belém (PA), Celso Sabino é administrador e advogado. Ele assumiu o Ministério do Turismo após se licenciar de seu segundo mandato consecutivo como deputado federal. Ao longo da carreira política, passou por cinco partidos: Progressistas (PP), Partido da República (PR), PSDB, PSL e, atualmente, União Brasil — fruto da fusão entre PSL e DEM.

Com informações da CNN Brasil

 

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