O feriado de Finados, no dia 2 de novembro, se aproxima e os três cemitérios da cidade e os das comunidades rurais recebem milhares de pessoas, que vão visitar os túmulos dos entes queridos. Em função desta data, são intensificados os trabalhos nos cemitérios, para deixar o local em condições de receber os visitantes.
Segundo o coordenador da Funerária e Cemitérios Municipais, João Carlos Vespúcio, os cemitérios já estão preparados para a data e, conforme o cronograma do setor, todos os projetos elaborados para 2010 estão praticamente prontos.
João Carlos conta que, durante todo o ano, os cemitérios receberam melhorias, cada um com seu projeto próprio, inclusive os cemitérios da zona rural de Pontevila e de Baiões. ?O Setor da Funerária e Cemitérios Municipais vem desenvolvendo seus projetos buscando, além de atender à população, fazer dos espaços físicos dos cemitérios ambientes bonitos, limpos de fácil acesso e localização dos túmulos?.
O coordenador ressalta que todos os documentos dos responsáveis dos inumados que já procuraram o setor já foram cadastrados e se encontram informatizados no sistema.
O Setor da Funerária e Cemitérios Municipais ainda tem uma novidade, pois preparou para 2010, além das obras em cada cemitério, um informativo ilustrativo, com imagens e registros da história dos cemitérios, mostrando as melhorias. Além disso, já foi preparado um diagnóstico para 2011 de projetos como para o cemitério de Albertos, Retiro e a Capela dos Bexiguentos.
?Espera-se que a comunidade formiguense esteja também preparada para as visitas e que conheça cada ação nova do setor, pois, hoje, são registros relevantes e marcantes de nossa história?, comenta João Carlos.
Problemas nos cemitérios
Não há dúvidas de que os cemitérios do município receberam e estão recebendo inúmeras melhorias ao longo desses anos, mas ainda há vários problemas que precisam ser sanados. O cemitério que mais merece atenção é o do Rosário.
A equipe de redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias esteve no bairro do Rosário e da Lajinha para fazer reportagens do especial ?Formiga de Bairro a Bairro? e se deparou com uma situação crítica no final da rua Alvorada, atrás do cemitério do Rosário, onde há um barranco cheio de entulho, como restos de materiais de construção, usados para reformar túmulos; cruzes e crucifixos; restos de ossos e outros resíduos. Até animais, como cabritos, foram encontrados passeando pelo cemitério e em meio aos entulhos.
Na quarta-feira (13), um fiscal da Secretaria de Gestão Ambiental esteve no local e procurou o coordenador da Funerária e Cemitérios Municipais para notificá-lo, a fim de sanar o problema. Segundo João Carlos Vespúcio, a limpeza é feita por uma empresa contratada para recolher os materiais em uma caçamba. O destino desse material é desconhecido segundo o coordenador, pois ele não acompanha, uma vez que a firma faz a retirada do entulho na cidade inteira.
O coordenador dos cemitérios conversou com o dono da firma contratada para retirar os materiais e o proprietário se comprometeu a fazer a limpeza ainda esta semana.
Segundo João Carlos, o principal problema do entulho nos fundos do cemitério do Rosário é por causa da falta de um muro. Ele conta que a administração municipal está programando de fazer o muro no local. O coordenador prometeu que, independentemente do muro, será feita a limpeza no local o mais breve possível.
Questionado se esse serviço seria feito ainda antes do Dia de Finados, João Carlos ressaltou que acredita não haver tempo hábil para isso, por falta de funcionários.
Quanto ao muro, não há previsão, porque a obra demanda um alto investimento, por ser em um barranco. Ele destaca que o cemitério é datado de 1958 e precisa fazer uma base boa. Já existe o projeto para o muro, mas não há valor estimado. Segundo o coordenador, essa obra é a prioridade entre os cemitérios.
As pessoas usam o cemitério como uma passagem entre a Lajinha e Rosário, porque encurta bastante a distância. Por isso, de acordo com João Carlos, para fazer o muro tem que pensar alguma coisa com relação a isso, para dar acesso a essas pessoas, se não os moradores podem derrubar o muro para continuar passando para levar os filhos na creche, para ir trabalhar e para facilitar a passagem de um bairro para o outro.
O coordenador ressaltou que, quando assumiu o setor, em 2007, a situação era crítica e que já melhorou bastante, mas admite que ainda tem muitas melhorias para serem feitas, principalmente no cemitério do Rosário e de Albertos, pois o Santíssimo, Parque da Saudade e outros cemitérios das zonas rurais já estão praticamente prontos.
Sobre os problemas como furtos de peças de metais, restos mortais e vandalismo, que eram comuns nos cemitérios, João Carlos conta que diminuíram bastante, porque hoje tem funcionários direto dentro dos cemitérios durante o dia. Além disso, todos os túmulos são cadastrados e, hoje, o que acontece, tem como informar à família de imediato.
O coordenador da Funerária e Cemitérios Municipais comentou sobre a venda dos túmulos no Rosário e Santíssimo, que hoje é bem mais complexa por causa do cadastro dos túmulos. Atualmente, para a venda de um túmulo, é necessário repassar os restos mortais para outro jazigo dentro do próprio cemitério, senão a família não consegue a documentação. O cadastramento começou em 2007 e hoje é possível identificar cada túmulo. Atualmente, é pouco comum a prática de venda de sepulturas.

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