Cerca de 1 milhão de pessoas voltaram a buscar trabalho na segunda semana de agosto (entre os dias 9 e 15), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, esse é um reflexo das flexibilizações do isolamento social.

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurava emprego, atingiu 75,5 milhões de pessoas – na primeira semana do mês eram 76,1 milhões.

Entre essas pessoas, cerca de 27,1 milhões – 35,9% da população fora da força de trabalho – relataram que gostariam de trabalhar, um recuo ante a semana anterior quando o número era de 28,1 milhões (36,9%). O resultado da segunda semana de agosto é estável na comparação à primeira semana da pesquisa, entre 3 a 9 de maio, quando 27,1 milhões (35,5%) disseram que gostariam de trabalhar.

Ainda de acordo com o IBGE, a pandemia ou a falta de trabalho no local onde vivem foram os motivos para que 17,7 milhões dessas pessoas que gostariam de trabalhar não chegassem a procurar emprego – uma queda em relação à semana anterior, quando esse número tinha chegado a 18,3 milhões.

Ocupada

A população ocupada do país foi estimada em 82,1 milhões na segunda semana de agosto, o que mostra estabilidade em relação ao período anterior, quando eram 81,6 milhões de pessoas. O número, entretanto, é menor que o registrado na primeira semana da pesquisa, de 3 a 9 de maio, quando 83,9 milhões de pessoas estavam ocupadas.

Segundo a pesquisa, a população ocupada e não afastada do trabalho ficou em 75,1 milhões de pessoas, uma estabilidade se comparado à semana anterior (74,7 milhões) e um crescimento na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).

Nesse grupo, 8,3 milhões (11,1% da população ocupada e não afastada) trabalhavam remotamente – estabilidade ante a semana anterior em que havia 8,6 milhões (11,5%) em homeoffice.

O nível de ocupação alcançou 48,2% e ficou estável frente a semana anterior (47,9%), mas em queda na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

Informalidade

Os dados de informalidade também mostraram recuperação. Mesmo estatisticamente estável, o total de pessoas que estava trabalhando de forma informal (28 milhões) foi pouco acima do registrado na semana anterior (27,9 milhões). Com isso, a taxa de informalidade ficou em 34,1%. No início de maio, eram 30 milhões de trabalhadores informais, que são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira e trabalhadores que não contribuem para o INSS.

“O trabalho informal, desde o início da pesquisa, vinha caindo e agora nas últimas duas, três semanas ele vem apresentando variações positivas”, afirmou.

Isolamento

As pessoas que estavam afastadas do trabalho por causa do isolamento social somaram 4,3 milhões na segunda semana de agosto, ficando estável. No entanto, aumentou para 2,7 milhões o grupo que estava distante do trabalho por outro motivo, como licença-maternidade ou doença.

Estudantes

A pesquisa apurou ainda que, entre os 45,8 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades, 36,8 milhões (80,3%) tiveram atividades escolares na segunda semana de agosto. O número é uma alta de 1,6 milhão em relação à semana anterior. No período, 16,6% não tiveram atividade escolar e 3% estavam de férias.

Esta é a primeira edição semanal da pesquisa em que são divulgados os dados sobre a frequência e realização de atividades por estudantes matriculados em escolas e universidades e o comportamento da população sobre o distanciamento social adotado para evitar o contágio pelo coronavírus. Essas informações já compõem a versão mensal da pesquisa.

Fonte: Agência Brasil

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