O grupo Hamas divulgou um comunicado nesta sexta-feira (17), no qual agradece aos países que atuaram como mediadores no cessar-fogo com Israel e pediu que continuem pressionando para a implementação dos próximos passos do acordo. O cessar-fogo, alcançado após intensa negociação, contou com a mediação do Egito, Catar, Turquia e, principalmente, dos Estados Unidos.
No texto, o Hamas expressa gratidão “a todos os que colaboraram ao longo dos últimos dois anos para alcançar um acordo para deter a guerra agressiva contra” o povo palestino. O grupo também cobrou o cumprimento do que foi estabelecido, destacando a necessidade de apoio contínuo dos mediadores para a execução completa do pacto.
O cessar-fogo firmado inclui um plano de paz composto por 20 pontos, articulado com forte envolvimento dos Estados Unidos, especialmente do presidente Donald Trump. Atualmente, a primeira fase do acordo está em andamento, enquanto a segunda fase ainda está em negociação.
Essa primeira etapa prevê a libertação de todos os reféns israelenses e prisioneiros palestinos, vivos ou mortos. No entanto, o governo israelense acusa o Hamas de não entregar todos os corpos de reféns israelenses mortos, o que seria uma violação do acordo. Em resposta, o grupo alegou que enfrenta dificuldades logísticas para localizar os corpos sob os escombros e afirmou que necessita de “equipamento especializado” para removê-los.
O Hamas declarou que “cumpriu o que foi acordado” e que está “empenhado em encerrar completamente este dossiê”. No comunicado, o grupo reforça: “Nesse contexto, convocamos todos a continuar seus esforços junto ao povo palestino, incluindo os mediadores, para dar seguimento à implementação dos termos restantes do acordo”.
Além disso, o Hamas destacou a necessidade de ações humanitárias urgentes, como o ingresso de ajuda “em quantidades necessárias”, o fornecimento de “todos os suprimentos essenciais para o povo em Gaza”, a reabertura do cruzamento de Rafah “em ambas as direções para pessoas” e o início imediato da reconstrução da Faixa de Gaza.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia anunciado que a segunda fase do acordo estava em andamento, embora sem fornecer detalhes.
Por fim, o grupo pediu a criação imediata de um “Comitê de Apoio Comunitário, composto por independentes com consenso nacional, para que possa iniciar seu trabalho na administração da Faixa de Gaza”.
As negociações seguem com o apoio dos mediadores internacionais, enquanto o cumprimento total do cessar-fogo ainda enfrenta desafios.
Com informações do Metrópoles