Nesta quinta-feira (2) foi feito um levantamento e foi divulgado que a cesta básica ficou mais cara nas 17 regiões pesquisadas pelo Departamento de Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os maiores aumentos foram observados em Manaus (9,28%), Fortaleza (8,03%), Vitória (6,70%) e Brasília (5,57%). No período, a cesta básica vendida na capital paulista registrou o maior preço entre as pesquisadas, R$ 264,61.
No acumulado no ano, o valor da cesta básica também subiu nas 17 cidades pesquisadas. As maiores variações foram verificadas em Goiânia (23,79%), Recife (20,44%), Fortaleza (18,05%), Manaus (16,03%) e São Paulo (15,96%). Os aumentos menos intensos foram vistos em Porto Alegre (5,14%), Aracaju (6,27%) e Brasília (6,53%).
Sobre novembro do ano passado, as maiores altas no preço da cesta básica foram registradas em Recife (17,29%), Goiânia (14,74%), Fortaleza (14,68%) e Manaus (14,42%). Apenas Porto Alegre teve variação acumulada negativa, de 1,90%.

O que ficou mais caro
De acordo com a pesquisa, a maioria dos produtos que fazem parte da cesta dos alimentos básicos ficou mais caros em novembro. O principal vilão foi a carne, cujos preços subiram em 16 capitais, com destaque para Fortaleza (19,12%), Vitória (15,32%), Recife (14,07%), Manaus (12,84%), Rio de Janeiro (12,71%) e São Paulo (12,33%). A explicação do Dieese é que as pastagens foram prejudicadas pela seca e a demanda externa aumentou.
O açúcar também ficou mais caro, em 16 capitais, com destaque para Salvador (14,21%), São Paulo (13,16%) e Manaus (12,64%). As menores taxas foram observadas em Brasília (3,27%) e Belém (1,65%), enquanto em Recife, houve redução de 1,49%. Segundo o Dieese, o produto ficou mais caro no mercado internacional e os produtores, com isso, passaram a exportar mais, diminuindo a oferta.
Em 15 capitais, aumentou o preço do óleo de soja. As maiores altas foram verificadas em Manaus (11,64%), Belém (9,20%) e Porto Alegre (8,87%). Já o preço do pão subiu em 13 cidades, com taxas moderadas, como em Fortaleza (3,98%), Aracaju (2,41%) e Rio de Janeiro (2,22%).
Um dos principais itens da cesta que é o leite ficou mais caro em novembro em 12 cidades, com destaque para Manaus (13,36%) e Brasília (6,45%). Os preços subiram, de acordo com o Dieese, porque houve estiagem prolongada no meio do ano.

O que ficou mais barato

As maiores reduções foram verificadas no tomate, que ficou mais barato em 16 regiões, no período de 12 meses. As maiores taxas negativas ocorreram no Rio de Janeiro (-51,23%), Curitiba (-49,84%), Porto Alegre (-49,76%), Belo Horizonte (-48,04%), Florianópolis (-47,79%), Vitória (-47,01%), Brasília (-43,21%) e Goiânia (-41,74%). Em Manaus, o produto encareceu 5,61%.

COMPATILHAR: