Atualmente, como nuvens que se movimentam ao sabor dos ventos, partidinhos e partidões, Brasil afora, vão se juntando ou se desgarrando na tentativa de defenderem a permanência ou a volta de seus principais próceres aos cargos eletivos proporcionais ou majoritários.

Assim, muita gente da chamada esquerda se alinha repentinamente aos, reconhecidamente, da direita ou vice-versa e se aglomerando em grupos que logo são apelidados por alcunhas com as quais pretendem ser identificados pelos eleitores e imprensa, tomam corpo e influenciam nas decisões de interesse público a ponto de paralisarem esta nação.

É assim que, do nada, surgem os centrões, as bancadas disto ou daquilo e até, o grupo dos liderados por vetustas figuras como aquele que por quase um ano, empurra de gaveta em gaveta a cassação do ‘malandro benemérito’ (para muitos deles), ex-presidente da Câmara Federal.

Nesta hora, só vale defender a turma de sempre! Assim, eles não titubeiam em se unir. Contra a presidentA, ao que parece, isto foi mais que salutar. Sem o abandono do PMDB, que até então era reconhecido como irmão siamês do PT, para se somar ao PSDB, PFL, PPS e sabe-se lá a quantos outros que hoje estão no comando desta nau sem rumo e que se anuncia que irá navegar em mar de almirante quando setembro vier; Dona Dilma e a quadrilha que se instalou lá na alta cúpula da república, ainda lá estariam dando e ditando as cartas.

Só que, pelo jeitão das reformas já anunciadas pelos que a substituem ainda que a título provisório, os brasileiros comuns podem se preparar para pagar uma conta alta por tudo aquilo que no passado recente e no mais distante, os “donos” destes mesmos partidos aprontaram contra os cofres públicos. Isto para sermos aqui, bem simplistas quando resumimos toda a bandalha até então havida nesta Terra de Santa Cruz e sem nos esquecermos de avisar que a expressão “brasileiros comuns” aqui é bem empregada. Isto porque, como sempre ocorre, o sacrifício que, como pinta, será exigido de todos nós em pagamento da salvação nacional, não se estenderá a eles mesmos. Livres dele (sacrifício),estarão todos os políticos de alta linhagem como: presidentes ou dentA, vices, senadores, deputados estaduais e federais, governadores, prefeitos, ministros, juízes, funcionários públicos civis e militares os quais, na sua grande maioria detentores de foro privilegiado, ainda poderão contar como certo, até a morte, com os polpudos salários  e outros auxílios financeiros a que fazem jus. Inclusive, com a garantia de se aposentarem, muitos deles com apenas pouco mais de uma dezena de anos de serviços prestados (?). Poderão ainda, transferir tais benefícios aos seus herdeiros ou novas companheiras (tomadoras de conta) para os “gagás” que são sustentados por nós e que com elas resolvam desfilar mostrando sua virilidade. FHC é exemplo disto.

Hoje, já se noticia que logo após formalizado em definitivo o impedimento da presidentA, o Congresso os beneficiará com uma anistia que os livrará para sempre das garras do satânico Moro. A Lei será um presentinho pelos bons serviços prestados aos milhares de figurões pertencentes a todos os poderes e que envolvidos em falcatruas mais que comprovadas, poderiam todos ser listados pelos competentes investigadores e trazidos ao conhecimento público.

E é se mirando nos exemplos destes “grandes caciques” que habitam de cima para baixo – desde a esfera federal, passando pelas estaduais e chegando nas municipais – que os índios das mais diversas tribos cá de baixo da pirâmide, promovem e celebram a união de muitas frações de suas nações, sem o que sabem eles, os grandes caciques perderiam o comando lá em cima e eles sucumbiriam esmagados, cá embaixo.

É só por isso que PT e PMDB assim como os demais partidos políticos, pouco importa seus tamanhos, se juntam ou se separam ao sabor dos ventos que predominam em determinados momentos.  PFL, PSDB, PP, PSOL, PR, PROS e todos os demais que compõem a extensa lista mais que conhecida, estão e estarão sempre dispostos a se unirem ou se separarem se preciso for, mas sempre em defesa dos interesses deles próprios, nunca os do povo.

Daí acreditarmos que feliz ou infelizmente, nos meses que antecedem as eleições que aqui no Brasil ocorrem de dois em dois anos, venta muito por aqui. Por isto a política muda a todo instante, como as nuvens mudam de posição ao sabor dos ventos. E os ventos são tão fortes, que com a chegada deles, se dispensa até o uso de ventiladores para se espalhar no ar, país afora, tudo aquilo que boa parcela dos políticos produz em grande escala e que mesmo sem olfato acurado, o povo brasileiro sabe bem o que é: Merda!

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