Um estudo divulgado na semana passada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) revela que a maioria das cidades da região obteve um melhor desempenho no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), comparando os dados de 2000 e 2005. O índice mede o crescimento humano, econômico e social dos municípios brasileiros.
Foram mapeados indicadores para todos os 5.564 municípios brasileiros, que retratam as três principais áreas desenvolvimento humano: emprego e renda, educação e saúde.
Os resultados variam entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento da cidade. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1).

RANKING REGIONAL
O município melhor colocado na região foi Divinópolis, que ficou em 16º lugar no Estado e 260º no ranking nacional. Itaúna aparece na 39ª posição em Minas e 506ª no país. Formiga ocupa a 50ª colocação no ranking estadual entre 853 municípios mineiros, à frente de Arcos (54º no Estado); Lagoa da Prata (56º); Bom Despacho (58º); Iguatama (83º); Bambuí (96º); Cláudio (101º); Pains (107º); Oliveira (120º); Campo Belo (212º); Córrego Fundo (214º); Pimenta (259º); Piumhi (262º); Japaraíba (270º) e Santo Antônio do Monte (365º). Belo Horizonte ficou na 11ª posição no Estado; mesmo sendo a 8ª colocada na relação das capitais, ocupa a 207ª posição no país.
Das 18 cidades relacionadas acima, 10 subiram no ranking estadual de 2000 para 2005.

Formiga:
O município teve uma ascensão bastante considerável, subiu 74 posições, pois ocupava o 124º lugar no Estado (1.288º no país) e hoje é o 50º em Minas (620º no Brasil). O índice geral saltou de 0,6243 para 0,7391, um aumento de 18,3%. A saúde obteve melhor resultado (0,8827 em 2005 contra 0,7463 em 2000), seguida da educação (0,8010 contra 0,8067) e emprego e renda (0,5336 contra 0,3197). O índice de desenvolvimento de Formiga é maior do que o do país, que foi de 0,7129.
Pains: passou da 224ª posição estadual para a 107ª; o índice de desenvolvimento subiu 16,8%, ou seja, de 0,5938 para 0,6938. A saúde também teve melhor desempenho, passando de 0,7351 em 2000 para 0,8856 em 2005; depois vem a educação (subiu de 0,7356 para 0,7571) e emprego e renda (de 0,3106 para 0,4386).
Córrego Fundo: também subiu no ranking, da 222ª posição para a 214ª. Em 2000, o índice geral foi de 0,5943 e em 2005 foi 0,6488, um aumento de 9,1%. Novamente a saúde foi a que mais contribuiu para o melhor resultado, tendo índice 0,8080 contra 0,8046 em 2000; a educação teve 0,7271 contra 0,6757 e emprego e renda 0,4112 contra 0,3025.
Pimenta: teve uma queda no ranking, passando da 137ª colocação para a 259ª. Apesar da queda, o índice em 2005 (0,6384) foi maior do que em 2000 (0,6201), 2.9% a mais. Seguindo a tendência das cidades acima, a saúde também foi melhor qualificada (0,8582 contra 0,8050); depois vem a educação (0,7284 contra 0,6770) e emprego e renda (0,3286 contra 0,3782).
Iguatama: estava melhor colocada em 2000, no 53º lugar, e caiu para o 83º, mesmo o índice tendo aumentado 6,2%, isto é, de 0,6631 para 0,7045 em 2005. O índice da saúde passou de 0,7296 no estudo anterior para 0,8410 no último; a educação caiu de 0,7850 para 0,7699 e emprego e renda subiu de 0,4746 para 0,5027.
O ÍNDICE
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) surgiu em resposta à ação 97 do Mapa de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, que propôs a criação de um índice para acompanhar de forma permanente o desenvolvimento humano, econômico e social no interior fluminense. A metodologia desenvolvida permitiu, assim, a geração de índices para todos os municípios, bem como para todos os estados.
O IFDM é fruto de mais de um ano de pesquisas, que contou com a contribuição técnica das diretorias de educação e de saúde, segurança do trabalho, esporte e lazer do Sistema Firjan, assim como de demais especialistas internos, e consultas externas a diversas instituições nacionais e internacionais, além de vários profissionais envolvidos.
O levantamento mostrou que os maiores índices de desenvolvimento no país estão no interior, pois, das 100 cidades mais desenvolvidas no Brasil, apenas duas são capitais: Curitiba (72ª) e Vitória (82ª). No topo do ranking está Indaiatuba (SP). O único município mineiro que encontra-se entre os 100 melhores é Nova Lima, na 92ª colocação.
A chefia da Divisão de Estudos Econômicos do Sistema Firjan entende os números como positivos e apontou vantagens na interiorização do desenvolvimento, já que as cidades estão avançando mais do que os grandes centros e têm condições de se igualarem a eles com o investimento em infra-estrutura.
O desempenho dos municípios mineiros em relação ao restante do país fez com que o estado passasse da sétima posição no ranking nacional (0,6319), em 2000, para a quinta, em 2005 (0,7663).
De acordo com a Firjan, todos os anos o IFDM será divulgado e a sociedade poderá acompanhar a evolução do desenvolvimento dos municípios brasileiros e os resultados da gestão municipal. O índice supre a inexistência de um parâmetro para medir o desenvolvimento sócio-econômico dos municípios e distingue-se por ter periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional.

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