Todos os dias, milhões de pessoas colocam fones de ouvido e pegam o celular prontas para escutar música enquanto fazem exercícios, caminham pela cidade ou usam o transporte diário para chegar ao trabalho e à aula. O curioso é que muitas delas não sabem exatamente o que vão ouvir até o momento em que abrem o aplicativo de streaming e selecionam alguma coisa.
Oferecer playlists selecionadas com recomendações personalizadas para cada usuário é uma função importante em todos os principais serviços do tipo. As listas feitas com curadoria editorial ainda estão lá para quem prefere uma experiência mais próxima dos DJs de rádio, mas o grande destaque mesmo são as coletâneas geradas por inteligência artificial.
Basta abrir qualquer serviço do tipo para se deparar com um cardápio de canções novas baseadas em gêneros e artistas que você curte. No caso do Spotify, por exemplo, toda segunda-feira marca a chegada da Descobertas da Semana, uma seleção que funciona bem a ponto de parecer ter sido feita por algum amigo seu.
Mas como essas playlistas são geradas?
Vários aspectos são levados em consideração na hora de montar essas listas, mas tudo começa com a classificação das faixas que você escuta por gênero. Para isso, uma máquina utiliza a tecnologia conhecida como processamento de linguagem natural para ler sites, revistas e blogues de música afim de aprender como os especialistas categorizam artistas e bandas.
Cruzando essas informações com o histórico de cada usuário, é possível formar uma nuvem de palavras que descreve os seus gostos, incluindo aí subgêneros bem específicos como “deep breakcore”, “vaporware” ou “chamber pop”. Com todos esses dados sobre cada usuário, começa o processo de combinar as experiências individuais para encontrar o que pode ser interessante para você.
Isso quer dizer que as plataformas também levam em consideração o que as outras pessoas estão escutando. Para entender, imagine que você passou a semana inteira curtindo o disco novo de uma banda. Na semana seguinte, uma playlist personalizada para você certamente virá com músicas que outras pessoas fãs desse mesmo disco também estão ouvindo.
A fórmula secreta é como todas essas variáveis são combinadas para garantir que os resultados sejam alinhados ao seu gosto. Tudo isso acontece ‘por baixo dos panos’, com o usuário tendo acesso apenas ao resultado quando a playlist está pronta para ser escutada.
Mas é um processo que só funciona por causa dos avanços em inteligência artificial e áreas como deep learning (também chamada de aprendizagem profunda), responsável por analisar essa quantidade enorme de dados e processar tudo para encontrar padrões que possam ser aproveitados pelos profissionais.
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Fonte: Tecmundo ||