Na quarta-feira (15), às 19h, a Prefeitura de Formiga convocou a comunidade para debater o Programa de Metas. Apesar de ser um tema de interesse coletivo, a Audiência Pública levou pouco mais de 30 formiguenses ao Plenário da Câmara Municipal. Entre os presentes, oito secretários municipais: José Ivo da Silva (Desenvolvimento Rural e coordenador do Programa) Maria Andrade (Cultura), Túlio Fonseca (Comunicação), Paulo Coelho (Gestão Ambiental), Luis Carlos da Silva (Desenvolvimento Humano), Paulo Quintiliano (SAAE) Valdeci da Cunha (PREVIFOR), Cleuton Alves Lima (Controladoria); dois secretários adjuntos José Tourinho (Saúde) e Baldomiro José dos Santos (SAAE) e apenas o vereador Gonçalo José de Faria/PSB compareceram para debater o Programa do Executivo.
Na abertura os coordenadores José Ivo da Silva e Emília Chaves apresentaram o Plano abordando as ações, tabelas e metas que serão realizadas durante os próximos quatro anos de gestão do Prefeito Aluísio Veloso/PT.
De acordo com a psicóloga Emília Chaves, a Audiência Pública foi muito positiva, mesmo com poucas pessoas. ?A participação é essencial, quem estava presente acompanhou e compreendeu os objetivos do programa?, afirmou a psicóloga.
Os poucos representantes da comunidade que ali estavam opinaram, elogiaram e também fizeram reivindicações, como foi o caso dos moradores da associação do Nossa Senhora Aparecida. Eles solicitaram agilidade na construção da creche para o bairro. Foram informados que a nova obra já constava no planejamento da Educação e aguardava ainda questões relativas a planilhas do projeto.
Emília também disse que houve falha por parte do Legislativo, somente um vereador compareceu para debater o Programa de Metas. ?Isso é péssimo, os vereadores deveriam estar aqui para conhecer, debater e até mesmo analisar o Programa. Somente um vereador veio à Audiência. Eles cobraram tanto e na hora de ver o trabalho pronto eles não estão presentes??, questionou Emília.
Para o professor Marco Aurélio Machado, um dos autores do Projeto, o Programa de Metas da Prefeitura foi positivo. ?Este trabalho marca um novo tempo para a cidade. O Programa mostra que a população não ficará presa aos designos dos governantes e presenciará um tempo em que suas demandas serão concretizadas pela administração, completou Marco Aurélio.
Segundo a coordenação, o próximo passo é a Pactuação do Plano, onde poder público, empresas, entidades e sociedade em geral se envolvem, tornando-se parceiros para a efetuação e cumprimento das metas. Dentro das normas o Programa de Metas cumpriu todas as etapas: implementação, sistematização das ações, divulgação, apresentação e a realização da Audiência Pública.
O Programa
O Programa de Metas é um trabalho elaborado desde janeiro deste ano e teve a participação de servidores de todas as secretarias da Prefeitura de Formiga. A elaboração atende a uma exigência da Emenda à Lei Orgânica de novembro de 2008, de autoria do ex-vereador Maurílio Leão. A ação planeja o futuro da cidade em sete eixos de atuação para os anos de 2009 a 2012.
O Plano de Metas foi elaborado para nortear as ações de governo, estratégias, indicadores e metas quantitativas para cada um dos setores da Administração Pública, comunidades, bairros e distritos do Município. Observando, no mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral, os princípios e as demais normas da lei complementar do Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Formiga. O plano prevê a atuação em sete áreas de resultado que são; qualidade na gestão pública, qualidade fiscal, cidade educativa, cidade saudável, qualidade ambiental, cidade competitiva e qualidade urbana e rural.
O material impresso já circula na cidade em 28 páginas, na edição 503 do jornal A Cidade, detalhando todo o programa elaborado. O site oficial já disponibilizou o material digitalizado para downloads, até a presente data cerca de mais 400 arquivos foram baixados pelos internautas.
Formiga foi o sétimo município no Brasil e o primeiro em Minas Gerais a seguir o exemplo de São Paulo, a primeira a alterar a lei orgânica ? em fevereiro de 2008, com o objetivo de tornar mais eficiente a gestão pública da cidade e dar mais transparência à administração municipal.

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