A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai apostar na redução dos custos operacionais, no aumento de demanda e nos negócios como geração, transmissão e gás para reduzir o impacto da redução da conta de luz, prevista para abril. De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Empresa, Marcio Lacerda, a queda média de 9,72% proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pode chegar com mais força às residências.
Pode cair 15% para o consumidor residencial, afirmou. O diretor de Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, afirmou que o impacto na geração de caixa da Cemig será de R$ 200 milhões em 2009, queda de 5% em relação ao mesmo indicador, conhecido como lajida, em 2007.
No ano passado o lajida cresceu 26% e chegou a R$ 4,073 bilhões. Ele disse que em 2008 a geração de caixa deve ficar estável graças a medidas de redução nos custos operacionais. No ano que vem o impacto será maior porque a nova tarifa vai vigorar durante os 12 meses. Para limitar a queda na geração de caixa aos R$ 200 milhões, será preciso um esforço nos outros campos de atuação da empresa.
Vamos ter que trabalhar dobrado nos outros negócios, afirmou o diretor. O presidente do Conselho de Administração, Marcio Lacerda, disse também que a empresa espera um crescimento maior na demanda, graças ao desempenho favorável da economia. De acordo com Rolla, a redução nas contas mensais afeta a Cemig Distribuição, que responde por 58% da receita líquida, mas tem participação menor no lucro líquido (46%) e na geração de caixa (43%). O consumidor residencial, que paga a tarifa mais cara (comparada com a de outras empresas do país) não é o responsável pelo lucro da Cemig.
Ele vem dos diversos negócios da empresa, afirmou. Em 2007 o lucro líquido da empresa foi de R$ 1,735 bilhão, sendo 46% provenientes da Cemig Distribuição.

Prêmio Desligamento
Para planejar a redução de custos operacionais, a Cemig contratou uma consultoria internacional que trabalha desde janeiro para apontar soluções.
Uma das medidas, adotadas na semana passada, foi um acordo com os trabalhadores para acabar com as gratificações dos novos empregados. Até 2007, todos os funcionários recebiam o equivalente a dois salários extras, independente do resultado da empresa. O benefício será limitado para os atuais trabalhadores e para os novos será substituído por alguma forma de participação em lucros e resultados, vinculada ao cumprimento de metas.
O acordo que resultou nessa fórmula custou R$ 245 milhões, pagos aos atuais empregados. Fez parte do acordo também o Programa Prêmio Desligamento, que pretende cortar 1.800 empregados em três anos. A empresa tem 11 mil trabalhadores e nem todos serão substituídos.

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