Servidores da educação entraram em greve às 9h desta terça-feira (21) por 48h contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), proposta do governador Romeu Zema (Novo) para quitar a dívida de quase R$ 160 bilhões que o Estado tem com a União.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e integrante da Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, Denise Romano, “essa proposta de adesão ao RRF significa o fim dos serviços públicos, do acesso da população à educação pública de qualidade, saúde e segurança e outros serviços essenciais”.
Ela ainda afirmou que o projeto “coloca em xeque empresas públicas fundamentais como Cemig, Copasa e Gasmig”, referindo-se às tentativas de privatizar ou federalizar as estatais mineiras.
Outras reivindicações da categoria são a participação nos debates e audiências públicas, assim como nas enquetes relacionadas à educação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), além da realização de audiências públicas em câmaras municipais e em outros espaços que ampliem o diálogo com a população afetada com o RRF.
Os servidores da educação participaram de outras duas greves gerais do funcionalismo público contra o RRF, nos dias 7 e 14 de novembro. Nas duas oportunidades, houve mobilização na ALMG, com a intenção de pressionar os parlamentares durante as votações do projeto relacionado ao tema.
O Governo de Minas foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre a greve.
Fonte: O Tempo