A 29ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP29, começa na próxima segunda (11) em Baku, no Azerbaijão.
O evento deve durar cerca de duas semanas e é fundamental para a ação global contra as mudanças do clima, cada vez mais necessária como mostram os recentes episódios climáticos extremos no Brasil e no mundo. Por isso, diplomatas de 200 países e diversos chefes de governo estarão presentes.
Um dos pontos de expectativa é sobre como será a participação do governo Lula no evento. O presidente não deve participar do encontro, mas uma comitiva de ministros é aguardada em Baku junto com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não participam o presidente e a vice dos EUA, Joe Biden e Kamala Harris, o presidente Xi Jinping, da China, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. E ainda há expectativa da ausência do presidente francês Emmanuel Macron, do presidente russo Vladimir Putin, do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O que é a COP29?
A COP29 é 29ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem.
A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer “Conferência das Partes”, uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU no início da década de 1990.
O tratado, chamado de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático da Terra, cada vez mais evidente nos últimos meses.
Esse ano, por exemplo, pela 1ª vez, foi confirmado que o aumento da temperatura global ultrapassou 1,5 ºC ao longo de um ano inteiro (o período de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024).
Aliado a isso, segundo o observatório europeu Copernicus, o mundo vem batendo recordes de calor com uma frequência cada vez maior.
Quem deve participar da COP29 – ou quem NÃO deve?
Mais de 190 países participarão da cúpula, incluindo o Brasil.
Este ano, cerca de 40 mil delegados (negociadores, profissionais da imprensa, observadores internacionais etc.) confirmaram sua presença, porém, alguns líderes mundiais não devem comparecer ao evento, enviando representantes do seu governo, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
Em seu lugar, a delegação norte-americana será liderada por John Podesta, o enviado climático do país, acompanhado pelos secretários Thomas Vilsack (Agricultura) e Jennifer Granholm (Energia).
Já o presidente eleito dos EUA Donald Trump – que oficializou a saída do seu país do Acordo de Paris em seu primeiro mandato – não mencionou se irá ou não participar da COP29.
Entre os ausentes confirmados estão também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Xi Jinping, da China, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, que citaram compromissos políticos internos.
Também é esperado que o presidente francês Emmanuel Macron, uma presença constante em conferências climáticas, não participe da COP do Azerbaijão, assim como Vladimir Putin, que visitou o país em agosto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, confirmou sua presença.
No caso do Brasil, como Lula não irá, uma comitiva de ministros é aguardada em Baku junto com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Por causa dessa ausência de figuras centrais, ambientalistas temem que as negociações da cúpula sejam impactadas.
Fonte: G1