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Na manhã desta sexta-feira (9), foi apresentado o resultado parcial de uma investigação realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Tóxicos, de denúncias de suspeita de vendas de prontuários relativos a comorbidades, facilitando assim a vacinação de pessoas que ainda não teriam direito à imunização contra a Covid-19 em Formiga.   

As informações foram repassadas durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, pelo delegado Danilo César Basílio e o delegado regional Tiago Veiga Ludwig, na Delegacia Regional de Formiga.

De acordo com o delegado Danilo César, no dia 8 de junho, a delegacia recebeu informações de que um consultório médico em Formiga estaria praticando a venda de formulários para pessoas com suposta comorbidade e que estariam grupo de risco, aptas a se imunizarem contra a Covid.

Foram realizadas diligências e a equipe da Polícia Civil montou uma campana em frente ao referido consultório. “A equipe abordava pessoas que saíam desse consultório em tempo insuficiente para a realização de uma consulta. Essas pessoas portavam formulário padrão da Secretaria de Saúde constando comorbidades que não correspondiam com a verdade. Seguimos outra pessoa e foi verificado que ela estava levando o formulário para uma afilhada. Abordamos outras pessoas e todas relataram que pagaram a quantia de R$50 pelo formulário”.  

Ainda de acordo com o delegado, nesta sexta foram realizadas diligências que serão cruciais para o andamento das investigações, contribuindo se, realmente existe a venda de formulários de forma ilegal para furar a fila de imunização da Covid-19.

“Há indícios sim de ilegalidades. Agora vamos avançar nas investigações. Hoje foram apreendidos materiais nesse consultório como agendas, celulares e documentos”, explicou Danilo César.

Segundo o delegado Tiago Veiga, durante as investigações, serão apurados se existem mais pessoas envolvidas, ou somente o médico e ainda se há a participação, inclusive, de agentes públicos na questão do fornecimento de tais formulários.

Nota da Prefeitura

A administração municipal enviou nota na manhã desta sexta sobre o assunto. Confira:

A Prefeitura de Formiga informa que tomou conhecimento das investigações de infração de medida sanitária preventiva, falsidade ideológica e corrupção passiva, na manhã desta sexta-feira, dia 09 de julho. A ação foi deflagrada em um consultório médico, localizado no centro da cidade, onde supostamente estariam sendo comercializados formulários de comorbidades para possibilitar a vacinação contra a Covid-19.

Diante do exposto, a Administração Municipal esclarece que, desde o início da vacinação contra a Covid-19 em pessoas com comorbidades foi exigido o relatório preenchido e assinado pelo médico para justamente evitar possível fraude e fura filas. Como anunciado pela própria Polícia Civil, não há indícios de envolvimento de servidores da saúde no caso e também não cabe ao trabalhador da saúde, que aplica a vacina, questionar relatório assinado por médico. A Administração Municipal acompanha o caso e repudia este tipo de conduta.

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