O número de homicídios em Divinópolis cresceu em 2017 se comparado com o ano anterior. Por outro lado, o crime de latrocínio diminuiu e o feminicídio não sofreu alteração.

Ao todo, 67 pessoas perderam a vida em decorrência de crimes violentos na cidade no ano passado, seis a mais que em 2016. Os dados são da Polícia Civil.

Segundo a Polícia Civil, em 2016 foram registrados 53 homicídios e no ano passado foram 61, um aumento de 15%. O delegado de crimes contra a vida, Vivaldi Levilesse, destacou que a maior parte dos homicídios está ligada a outros tipos de crimes.

“Geralmente as vítimas têm passagens criminais por roubo e tráfico e estas mortes estão relacionadas a acerto de contas, disputa de ponto de tráfico de drogas ou desacerto na divisão de produtos de roubo”, disse.

A maior parte das vítimas são jovens. “Cerca de 60% dos alvos tem menos de 29 anos. Todos os homicídios registrados são investigados e estamos com a maioria, uns 80%, com a autoria definida”, explicou.

Contudo, segundo o delegado, a Polícia Civil enfrenta a dificuldade de testemunhas deporem sobre os crimes. “O problema é encontrar uma testemunha que deponha, a maioria tem medo, não querem passar informações. Por isso procuramos outros meios de solucionar estes crimes e apresentar uma denúncia contundente contra o infrator”, destacou Vivalde.

Latrocínio e feminicídio

Mesmo sendo um crime que resulta na morte das vítimas, o latrocínio e feminicídio são investigados separadamente pela Polícia Civil. O primeiro é de responsabilidade da delegacia de furtos e roubos, já que as vítimas acabam sendo mortas devido ao crime de roubo. O feminicídio – crime contra a mulher – é investigado pela delegacia especializada.

Em 2016 foram registrados cinco latrocínios em Divinópolis e no ano passado foram três, uma redução de 40%, segundo o delegado. O crime de feminicídio foram três registrados em 2017, o mesmo número do ano anterior.

A Polícia Civil ainda destaca que geralmente os números se divergem dos que são divulgados pela Polícia Militar, já que os militares registram como homicídios os crimes onde a vítima vem a óbito ainda no local e não faz distinção de latrocínio e feminicídio. A Polícia Civil registra também como homicídio os casos onde a vítima é socorrida com vida, mas evolui ao óbito nas unidades de saúde.

 

Fonte: G1||

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