Em um jogo que lembrou a primeira decisão do ano passado, o Cruzeiro derrotou o Atlético-MG por 5 a 0, neste domingo, no Mineirão, conseguindo uma vantagem excepcional para o jogo de volta do Campeonato Mineiro, na semana que vem. Em 2007, O Galo havia vencido o arqui-rival por 4 a 0 e garantiu o título. O resultado, que faz com que a Raposa possa até perder pela mesma diferença na segunda partida, deixa o clube celeste com a mão na taça de campeão. Para mudar a história e conquistar o bicampeonato mineiro, o Alvinegro precisa aplicar uma goleada histórica de seis gols de diferença. Um feito histórico para fazer a festa no ano de seu centenário.
Nesta quarta, enquanto o Atlético permanece em Belo Horizonte, onde enfrenta o Náutico, no jogo de volta das oitavas da Copa do Brasil, o Cruzeiro viaja para Buenos Aires, onde encara o Boca Juniors, no início do mata-mata da Taça Libertadores.

As surpresas
Os dois técnicos aprontaram surpresas nas escalações. Geninho anunciou a escalação do Galo antes, com Renan Oliveira do lugar de Eduardo ao lado de Marques no ataque, e Xaves na vaga do volante Renan. Adilson Batista ameaçou entrar com Fabrício durante a semana, mas começou mesmo com Henrique.
O time alvinegro começou melhor, com duas chegadas perigosas. Só que aos 12, após falta cobrada pela esquerda por Wagner, Marcelo Moreno se aproveitou de falha de marcação e só escorou para o gol. Leandro ainda tentou tirar em cima da linha, mas não conseguiu: Cruzeiro 1 a 0.
O Galo continuou a atacar. Danilinho armava as jogadas ofensivas, mas os jogadores tinham dificuldades para concluir ao gol. E, aos 18, em mais um contra-ataque da Raposa, Jadílson cruzou para a área, e Marcos, que se esforçou por toda a semana para jogar, errou feito e desviou para o gol, enganando completamente o camisa 1 Juninho: 2 a 0 para o Cruzeiro.
Raposa toma conta
A situação parecia não estar nada favorável para o Galo. Wagner quase faz o terceiro aos 22 minutos, ao mandar uma bomba de fora da área que raspou o travessão. Aos 39, não teve jeito. Wagner fez um lançamento primoroso na área para Ramires, que com apenas um toquinho, encobriu o goleiro Juninho, marcando o terceiro gol
O time alvinegro perdeu de vez o controle, a alguns jogadores já mostravam no rosto expressões de preocupação. Aos 41, Guilherme perdeu um gol incrível, após uma vbela trigulação com Marcelo Moreno e Ramires, que o deixou na cara do gol. O atacante bateu fraco para a boa defesa de Juninho. E aos 43, Wagner bateu uma falta com perigo no cantinho, para fora. Leandro Almeida respondeu nos acréscimos, de bicicleta, mandando rente à trave.
Fantasma de 2007
Aos poucos, vinha a lembrança do primeiro clássico decisivo do Estadual do ano passado, quando o Galo aplicou 4 a 0 e praticamente assegurou o título, diante do descontrole do Cruzeiro. Geninho trocou Gérson e Feltri por Renan e Agustín Viana, tentando impedir avanços celestes pelas laterais.
O jogo ficou mais cadenciado, resultado do ritmo que o Cruzeiro passou a ditar. E o Atlético continuou em sua maré de má sorte. Aos 17, Danilinho recebeu uma falta clara na entrada da área, não marcada pelo árbitro paulista Paulo César de Oliveira. Aos 20, Renan Oliveira recebeu na área, teve tempo de escolher o canto, mas acertou a trave esquerda de Fábio. A resposta cruzeirense veio em dois minutos: Ramires deu um passe de cabeça para Guilherme, que desta vez, acertou o canto direito de Juninho, devolvendo, enfim, a goleada do ano passado: 4 a 0

A para dar mais drama à situação do Galo, quando a torcida alvinegra já esvaziava o Mineirão, aos 33, em um contra-ataque fulminante, leandor Domingues avançou sozinho, tocou na saída de Juninho, e Wagner completou. A Raposa devolveu a goleada com juros e botou as duas mãos na taça. A torcida, ironicamente, ainda cantou Parabéns para Você, em homenagem ao centenário do arqui-rival.

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