No verão, é recomendado redobrar os cuidados de proteção da pele contra a radiação ultravioleta B (UVB), principal fator de risco para o desenvolvimento da maioria dos tipos de câncer de pele, entre eles o não melanoma.

No Brasil, o câncer de pele deve atingir mais de 165 mil pessoas, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

A maior taxa de incidência, proporcionalmente, é em Santa Catarina. De acordo com o INCA, a cada 100 mil catarinenses, cerca de 160 são acometidos pela doença, anualmente, enquanto no Rio Grande do Sul, segundo estado com maior índice de casos, a proporção é de 120 a cada 100 mil habitantes. O maior número de pessoas com ascendência europeia e a grande extensão litorânea, onde a radiação costuma ser maior, são algumas explicações para o índice mais elevado no território catarinense.

“Entre a população de pele e olhos claros, a frequência do melanoma é 20 vezes maior, já que a baixa produção do pigmento de melanina resulta na menor capacidade de defesa dos raios ultravioletas do sol”, afirma o médico da Família e Comunidade da Clínica de APS, Gabriel Lufchitz. 

De acordo com o especialista, o câncer de pele ocorre quando as células do órgão se multiplicam sem controle. Há o tipo mais agressivo de melanoma, que se espalha mais rápido, e o não-melanoma, mais frequente e com maior índice de cura, mas que pode causar deformações no corpo. Ambos têm tratamento e as chances de reversão aumentam quando diagnosticados precocemente. Por isso, é importante ter atenção ao surgimento de pintas ou manchas não uniformes e a feridas que não cicatrizam, além de consultar um médico regularmente. 

Cuidados para prevenir o câncer de pele

A qualquer época do ano, a prevenção continua sendo a melhor arma no combate à doença, pois, a radiação solar mantém-se praticamente constante em todas as estações, mesmo nos dias nublados e chuvosos. “As pessoas precisam criar o hábito de usar o protetor solar, diariamente”, afirma o médico.  Confira abaixo os principais cuidados para prevenção do câncer de pele:

  • Independentemente do tom de pele, deve-se usar filtro solar a partir dos seis meses de vida. Bebês com menos de seis meses não devem ser expostos ao sol após 9h;
  • Evitar o sol no período entre 10h e 16h, quando há maior irradiação dos raios ultravioleta (UVA e UVB);
  • Ficar embaixo do guarda-sol não é o suficiente para evitar problemas. Mesmo à sombra, deve-se usar proteção solar, pois a radiação pode ser refletida pelas superfícies claras;
  • Aplicar filtro solar com fator de proteção (FPS), acima de 15, nas áreas a serem expostas 20 minutos antes da irradiação para que haja a absorção completa;
  • No dia a dia, aplicar o protetor pela manhã, na hora do almoço e no meio da tarde;
  • Na praia ou em locais de grande incidência, o produto deve ser reaplicado a cada 2 horas e após sair da água;
  • O protetor solar com fator de proteção 15 (FPS) filtra 93% dos raios UVB, o 30 filtra 96% e o FPS 60 filtra 98%; 
  • Áreas como orelhas, colo, mãos e pés merecem atenção. Nos lábios, o ideal é usar o protetor labial. Crianças, idosos e adultos com pele sensível podem aderir ao protetor solar hipoalérgico, sem cheiro; 
  • Acessórios como óculos escuros com proteção UVA/UVB, chapéu e roupas de tecidos mais grosso ou com FPU (fator de proteção ultravioleta) ajudam a reforçar a proteção.

 

Fonte: Comunique-se||

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