As notícias sobre a crise político-institucional e o degringolar da economia estão batendo como mar no molusconas nossas cabeças. Toda hora, todo dia e nem no fim da semana temos sossego. Não importa se todos os dados mostram que de fato estamos vivendo uma crise econômico-financeira-política, mas também a tijolada de informações que recebemos de que estamos em crise é desproporcional. Talvez seja o fatídico mês de agosto, que sempre é mais agitado em termos políticos no Brasil do que os demais meses do ano. O fato é que estamos acreditando que todos os dados, sejam eles de atividades políticas, sejam econômicos, comprovam que estamos numa crise. A maior crise desde não sei quando, comparada a não sei qual crise. Estamos em crise.

Essa situação, prefiro chamar assim, não é nova, e ela está se alastrando  há anos. E não há duvida alguma de que está se aproximando a um ponto intolerável, em especial para os empresários, sejam de qual tamanho forem. Intolerável porque o crédito está caro, a inflação está subindo, os custos estão subindo, os clientes estão sumindo, e você não sabe quanto haverá uma mudança que vai permitir os negócios voltarem ao normal e com perspectiva de crescimento.

A nítida impressão que todos temos é que os nossos políticos estão mais perdidos do que cego em tiroteio. De um lado, os processos anti-corrupção como o Lava Jato andam rápido, mas não o suficiente para lavar tudo e acabar ou pelo menos diminuir o ritmo de corrupção no país, por outro lado a resistência a essa limpeza ética está aumentando e dando a impressão de que está ganhando a batalha. É a batalha entre David e Golias, mas David ainda não ganhou.

Você está no meio dessa briga, sozinho como cidadão trabalhador, simples, pagador dos impostos.  Foi abandonado pelo seu deputado, seja estadual ou federal, que gastou pelos últimos dados em media 4 milhões de reais para se eleger. Ele hoje cuida de seus próprios interesses na Câmara. E você sequer lembra quem é o seu Senador? Nem você dele, nem ele de você!

Mas, a vida continua. Volto as insistir: esse imbróglio político vai demorar a ser resolvido e ainda não se sabe como será resolvido. Muita podridão para ser resolvido fácil.

 

E ai não só lhe sobra a defesa e o ataque ao mesmo tempo no seu próprio negócio: esqueça apolítica e dedique-se à empresa e à família. Essas crises na história  brasileira são comuns, mas os políticos passam e as empresas ficam.

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