Representantes do agronegócio fizeram vários atos no dia 5 de abril, em Brasília, para pressionar pela aprovação do projeto que revisa o Código Florestal. Líderes do movimento ficaram frustrados com a posição do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que quer aguardar o fim do debate em uma nova comissão especial para levar o novo código ao plenário.
A falta de posição clara do governo sobre o tema também é um empecilho para a votação. Os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura têm divergências. Sentindo que os ambientalistas podem perder a queda de braço com os ruralistas, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) esteve na Câmara e falou da possibilidade de estender o prazo do decreto presidencial, que vence em 11 de junho, para que os produtores façam a averbação (ou seja, a delimitação) de sua reserva legal.
O ministério do Meio Ambiente é contra o relatório de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e reclama, principalmente, da anistia que será concedida a pequenos agricultores que desmataram suas terras. Já o ministério da Agricultura é a favor do texto de Rebelo.
Entre as mudanças propostas no projeto estão a possibilidade de a reserva legal ser compensada no mesmo tipo de ambiente, mas em Estados diferentes, a permissão do desmatamento em topo de morro e a redução de 20 metros para 15 metros da área mínima de preservação nas margens de rios.

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