A Santa Casa de Caridade de Formiga divulgou nessa quarta-feira (11), sete dias após o ocorrido, informações sobre a vistoria ali realizada pela Vigilância Sanitária Estadual nos dias 4,5 e 6 de maio.

Segundo a nova nota, o Gerente Administrativo da entidade, José Orlando Fernandes Reis, discordou das informações trazidas a público pelo jornal Nova Imprensa e portal Últimas Notícias sobre a falta de limpeza das caixas d’água do hospital e sobre a interdição de setores como UTIs, bloco cirúrgico e outros. “Eu repudio as informações divulgadas na semana passada que comprometeram a seriedade dos serviços prestados pela Santa Casa. A instituição mesmo passando por problemas como está, preza muito pela segurança de seus pacientes, tomando precauções para minimizar os riscos sanitários”, comentou.

Nossa editoria ressalta que:

1 – apesar de negar os problemas apontados por fontes do jornal que integram o corpo clínico do hospital, a nota hoje divulgada diz que que  “Nenhum dos setores da Santa Casa chegou a ser interditado e afirma que  algumas cirurgias eletivas que seriam realizadas nos dias 5, 6 e 9 de maio foram remarcadas por orientação da Vigilância que recomendou que o laboratório que fazia a análise periódica da água em pontos críticos (UTI´s, Maternidade, Pediatria, Bloco, Lactário e UND) fosse trocado para garantir um resultado mais confiável.  A Santa Casa coletou nova amostra e enviou para outro laboratório que atestou que a água utilizada nestes setores está de acordo com o controle de qualidade para consumo humano e padrão de potabilidade para ser usada.” (grifo e destaque nosso)

2 – Se houve a suspensão ou adiamento de procedimentos, inclusive cirúrgicos, nos parece que os informantes assim como a notícia veiculada, traduziram exatamente a verdade dos fatos. Portanto, no nosso entender (do jornal), houve interdição sim, ainda que esta possa ter sido de curta duração.

3 – A nota hoje divulgada pela entidade, diz também que: “algumas medidas paliativas foram tomadas após os primeiros apontamentos feitos pela vistoria. A Vigilância Sanitária deveria fazer a vistoria no mês de novembro, mas antecipou a visita a pedido da direção.  Diz ainda a nota que “Uma das medidas realizadas foi a limpeza das caixas d’água, que segue um cronograma de lavagem que é executado a cada seis meses, por uma empresa terceirizada. A manutenção foi feita corretamente nos anos anteriores, em meados de 2014 e no início de 2015. No final do ano passado não foi realizada a limpeza como medida de prevenção, já que o serviço de abastecimento de água da cidade chegou a pedir à população que economizasse água devido à escassez naquele período, e a Santa Casa não poderia ficar sem o abastecimento de água. A manutenção realizada na semana passada já havia sido agendada pela empresa a fim de cumprir o cronograma”.

4 – Por fim, o jornal traz novamente o assunto à baila, reafirmando que nosso interesse enquanto órgão de imprensa é o de manter nossos leitores informados sobre assuntos que são de interesse público. Em momento algum pretendemos denegrir a imagem desta entidade que também nós muito prezamos e sempre a  defendemos com muito vigor, pois entendemos ser ela imprescindível para o atendimento desta região, no que tange à saúde pública.

5 – Registramos ainda que, naquela oportunidade – edição 1003 – que circulou em 6 de maio –  ouvindo a outra parte, como manda a ética e é como sempre procedemos, publicamos na íntegra, no corpo da matéria (pag. 4)  a nota de esclarecimento emitida pela própria Santa Casa que, diferentemente da hoje tornada pública,  foi bem mais lacônica e inconclusiva, se cotejada com a atual.

 

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