A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes um pedido para que um cardiologista e um fisioterapeuta tenham acesso regular à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado.
O requerimento, enviado nesta segunda-feira (1º), solicita a entrada do cardiologista Brasil Ramos Caiado e do fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas, com o objetivo de garantir a “continuidade do acompanhamento especializado da condição clínica” do ex-presidente. Os advogados afirmam que Bolsonaro necessita de assistência nas áreas de cardiologia e fisioterapia e pedem que o pedido seja analisado com rapidez.
A solicitação amplia a lista de acessos excepcionais já pleiteados desde que o ex-presidente começou a cumprir pena em regime fechado na cela especial da PF. Também nesta segunda, Moraes autorizou visitas de familiares em dias e horários restritos, seguindo regras rigorosas da corporação, além de determinar controle da entrega de alimentos por pessoas previamente cadastradas.
Até o momento, não há indicação de que Bolsonaro apresente quadro de saúde emergencial. No entanto, aliados têm enfatizado a necessidade de manutenção da rotina de consultas médicas, argumento semelhante ao utilizado em operações anteriores da PF, quando o ex-presidente alegava fragilidade física durante investigações.
A análise do pedido médico seguirá o protocolo padrão: a PF avaliará as condições de segurança e logística, e o ministro Moraes tomará a decisão final. Caso autorizado, os atendimentos ocorrerão dentro da própria superintendência, sob supervisão da corporação.
Enquanto isso, Bolsonaro permanece isolado na cela de 12 m² da PF, onde, segundo interlocutores, divide o tempo entre leituras religiosas, caça-palavras e conversas com advogados, tentando se adaptar à rotina do regime fechado.
Com informações do O Tempo









