Uma megaoperação realizada na última terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro resultou em 121 mortes, segundo a Polícia Civil, e deixou feridos entre as forças de segurança. Entre os atingidos está o delegado Bernardo Leal Annes Dias, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que teve uma das pernas amputada após ser baleado durante confronto na região da Penha.
O delegado foi atingido por um disparo que rompeu sua artéria femoral enquanto avançava com sua equipe por uma área de mata entre os complexos do Alemão e da Penha. Socorrido por colegas sob intenso tiroteio, Bernardo foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde passou por cirurgia de emergência. Apesar dos esforços médicos, a gravidade da lesão impossibilitou a preservação da perna. Ele permanece internado em estado grave.
Perfil do delegado Bernardo Leal
Investigador experiente e respeitado na corporação, Bernardo Leal atua há anos no combate ao tráfico de drogas. Ele integrou a linha de frente da Operação Contenção, voltada à captura de líderes da facção que se reuniam na região. Reconhecido por seu perfil operacional, o delegado participou de investigações que mapearam a expansão do CV em comunidades cariocas.
Na noite de quarta-feira (30), o HemoRio lançou uma campanha de doação de sangue em apoio ao delegado, destacando a importância do gesto para sua recuperação.
Balanço da operação
A ação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das forças de segurança e é considerada pelo governo estadual como o maior golpe já desferido contra o Comando Vermelho. O objetivo era capturar lideranças da facção envolvidas em atividades criminosas em diversos estados do país.
Durante a operação, 113 suspeitos foram presos e 118 armas apreendidas, incluindo 91 fuzis. Quatro policiais — dois civis e dois militares do Bope — morreram em serviço e foram homenageados como heróis pelas autoridades.
A operação reacende o debate sobre segurança pública, uso da força e os riscos enfrentados por agentes em ações de grande escala nas comunidades dominadas pelo tráfico.
Com informações do Metrópoles
 
						





 
			





 
			 
			 
			