Os 16 cirurgiões dentistas que atendem pelo Programa Saúde da Família (PSF), em Formiga, entraram em greve às 7h desta terça-feira (25). A decisão foi tomada em Assembleia, no Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Formiga (Sintramfor), na quinta-feira (20) após esgotamento de todas as possibilidades de negociação com a administração municipal.
Em uma tentativa de acordo a administração insistiu em oferecer aos profissionais apenas 20% de recomposição salarial, além do reajuste de acordo com o Índice Nacional Preço ao Consumidor (INPC), o que já é determinado pela legislação.
Não houve nenhuma manifestação do Executivo em relação aos demais itens da Pauta de Reivindicações, que inclui adequação da estrutura física das unidades de saúde, condições sanitárias compatível com a legislação atual para atendimento adequado aos pacientes e condições de continuidade do tratamento com a realização de exames e encaminhamento dos pacientes para especialistas, quando for necessário.
Esgotada a negociação, a proposta do Executivo foi rejeitada por todos os dentistas. Em cumprimento à legislação, os profissionais vão manter 33% dos serviços, inclusive o atendimento de urgência. Eles estarão nos respectivos postos de saúde das 7h30 até as 10h10.
Ao deliberar sobre a greve os dentistas consideraram o seguinte:
-Desde que a Pauta de Reivindicações, que abrange também os médicos do PSF, foi entregue ao prefeito no dia 27 de fevereiro, os dentistas foram deixados à margem das negociações nas diversas reuniões que ocorreram;
-Foi demonstrado nas reuniões com a administração municipal que atualmente os cirurgiões dentistas ganham menos da metade que um pedreiro, pintor ou eletricista que trabalham no comércio local e nem assim o Executivo se sensibilizou, desconsiderando o fato de que a atividade do cirurgião é muito mais complexa e exige um conhecimento científico, pois atendem pacientes hipertensos, diabéticos, gestantes e fazem procedimentos com anestesia local, visitas domiciliares, etc;
-Os profissionais fazem visitas domiciliares aos pacientes em veículos próprios, pois o Programa Saúde em Casa não disponibiliza transporte para a atividade;
-Algumas Unidades de Saúde não atendem às determinações legais que dariam suporte ao atendimento.

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