Mesmo sendo uma das pastas que recebe regularmente o maior repasse de verbas federais e sendo a única secretaria do municí­pio que consegue tornar concreto mais de 70% dos projetos de implementação e melhorias, este ano, ao que parece, a dificuldade comum a outras pastas, também a assola. Contra essa mesma pasta chegaram até o jornal, denúncias essa semana, de que algumas escolas não estariam recebendo materiais de limpeza e higiene, além de materiais escolares de suporte como cadernos, réguas, lápis e outros.
Além das falas de diretoras, que preferiram não se identificar, por medo de possíveis represálias como as que teriam ocorrido em outras áreas da administração, as redes sociais também serviram para que pais de alunos da comunidade de Ponte Vila, da Escola Municipal Florêncio Rodrigues Nunes denunciassem o mesmo fato e ainda divulgassem que, hoje, o provimento desse material é feito por doação dos próprios pais.
Em contato com a secretária interina de Educação, Elizane Ana da Cunha Barbosa, a informação obtida é de que esses materiais está mesmo em falta, porque os utilizados, até agora, eram sobras da gestão anterior.
Sobre os repasses do Governo Federal para cobrir a compra de material considerado de consumo/custeio (expediente, higiene e limpeza, prestação de serviços, material esportivo, etc.) e material permanente/capital (equipamentos e móveis), a secretária enviou ao jornal, uma planilha de valores dos últimos seis meses, relacionando os valores remetidos às escolas e que variam de R$2.460 a R$ 54.638,60.
Em entrevista, Elizane explicou que os valores do repasse que são tão discrepantes de uma escola para outra, se dão porque a valoração depende do número de alunos e dos programas de Governo que contemplam cada escola, isto em função dos resultados da instituição de ensino em avaliações como: ͍ndice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) Â?O Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) as escolas recebem todo ano, porém o MEC (Ministério da Educação) que escolhe quais escolas receberão os diferentes programas como Mais Cultura, Mais Educação, Escola Sustentável e o que estão começando agora, o Escola do Campo. Por isso há valores diferentes. Os índices das escolas nas avaliações também altera esses valores, algumas recebem para ampliar o trabalho que já está bom, outras para melhorar os resultados., explicou a secretária.
Porém mesmo com os repasses, todas as compras de materiais devem ocorrer mediante licitação como prevê a lei, e mesmo com o fim do estoque deixado pela gestão anterior, ainda não há data para que os itens que já estão em falta cheguem às escolas, já que os processos legais para aquisição agora estão sendo preparados.

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