A derrubada dos vetos presidenciais à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, ocorrida nesta quinta-feira (27), representou uma derrota significativa para o governo federal e abriu espaço para novos embates institucionais. A decisão do Congresso reacendeu discussões sobre uma possível judicialização do tema no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme análise apresentada por Caio Junqueira no CNN Prime Time.

Na Câmara dos Deputados, o placar de 295 votos contra 167 evidenciou o peso da bancada ruralista, que reúne mais da metade dos parlamentares. No Senado, o resultado foi ainda mais amplo: 52 votos favoráveis à derrubada dos vetos e apenas 15 contrários. O movimento reforçou o clima de crise entre o Legislativo — especialmente o Senado — e o governo federal.

A possível ida do caso ao STF tem provocado debates sobre o risco de insegurança jurídica. O indicado para assumir uma das vagas na Corte, Jorge Messias, atual advogado-geral da União, já expressou em outras ocasiões seu entendimento de que o Supremo exerce papel fundamental no apoio às políticas públicas do Executivo.

Além dos vetos ambientais, o Congresso também derrubou o veto que estabelecia limites para a liberação de benefícios sociais sem a necessidade de observância das regras fiscais. A decisão ampliou ainda mais o distanciamento entre Legislativo e Executivo.

O uso recorrente do STF como alternativa após derrotas no Congresso tem causado incômodo entre parlamentares, que veem a prática como uma tentativa de reverter decisões tomadas pela maioria. Com isso, o episódio aprofunda a tensão entre os poderes e indica que a disputa institucional deve continuar sem sinais de solução imediata.

Com informações da CNN Brasil

 

COMPARTILHAR: