O ano de 2009 ficou marcado por fatos importantes para a imprensa brasileira. Por decisões judiciais, a profissão perdeu o diploma, jornais foram censurados e ficamos sem lei. No dia da imprensa, comemorado nesta terça-feira (1º), cabe a pergunta: há o quê comemorar?
Para o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, sim. Em sua opinião, a imprensa enfrenta problemas, como a censura prévia ao jornal O Estado de São Paulo e a queda do diploma, mas são tropeços passageiros. Ele prefere lembrar o valor histórico do dia da imprensa.
?É sempre um dia de comemoração. Essa data é um marco para o bom jornalismo, desde a criação do Correio Braziliense até os dias atuais?, disse Azêdo.
O diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, também vê motivos para comemorar, pois a imprensa é livre e ?faz a nação falar?. Porém, Pedreira critica a censura prévia.
?A censura prévia foi uma atitude equivocada por parte do judiciário, lamentável?, comentou.
Para o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, afirma que, ?infelizmente?, existe pouco para ser comemorado. EM sua opinião, a imprensa brasileira é de ?qualidade?, mas os problemas enfrentados pelos jornalistas são graves.
Essa decisão do STF de acabar com a obrigatoriedade do diploma significa um enorme retrocesso. A regulação era um pilar para a profissão. Temos muita coisa para lutar, afirmou Andrade.

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