O foco da campanha de combate à aids este ano são os jovens, de 14 a 29 anos. Um dos motivos da escolha desse público é que as pesquisas apontam que 40% dessa população não fazem o uso frequente de preservativo e é comum parceiros casuais.
As atividades serão iniciadas pelas Unidades Básicas de Saúde, que farão palestras nas escolas de seus bairros para alunos a partir de 14 anos ao longo da semana. Nesta quarta-feira (1º), será montada na praça Getúlio Vargas, no vão da antiga Minas Caixa, uma tenda com profissionais de saúde para orientação à população sobre a prevenção das DST/Aids. Também haverá a realização do teste rápido anti-HIV.
Haverá ainda pedágio educativo com distribuição de folders e preservativos. Durante a noite, será realizada no Programa de Saúde da Família (PSF) Água Vermelha uma palestra sobre prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a realização do teste rápido anti-HIV para os interessados.
O Dia Mundial de Luta contra a Aids foi instituído pela Organização das Nações Únicas (ONU) como o dia mundial de prevenção contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença transmitida por contato entre o sangue contaminado e o sangue não contaminado ou contato sexual sem preservativo. No Brasil, a data foi estabelecida em 1988, a fim de alertar a população sobre as formas de transmissão da doença, os avanços pelo país e informar sobre as políticas públicas brasileiras de prevenção e combate à aids.

Aids no município

Em Formiga, a Secretaria Municipal de Saúde tem registrado casos de 153 pessoas portadoras do vírus HIV. Esses pacientes estão em acompanhamento nos serviços de referência, mas existem casos desconhecidos pela equipe da Secretaria de Saúde, porque as pessoas fazem o acompanhamento em outros municípios e essa informação não é repassada pelo Estado por motivo de sigilo.
Segundo a chefe do Setor de Epidemiologia, Juliana Castro, o que é percebido pelo serviço municipal é um aumento dos casos a cada ano. É necessário que as pessoas se conscientizem da importância do uso do preservativo. Hoje, não existe mais grupo de risco e sim comportamento de risco. Se uma pessoa teve uma relação desprotegida, ela está em risco. É preciso se conscientizar de que todas as relações precisam de proteção, mesmo quando se tem parceiro fixo, conclui Juliana.
O teste anti-HIV pode ser solicitado gratuitamente em qualquer posto de saúde. O preservativo também. A pessoa interessada em adquiri-lo nos postos deve procurar a enfermeira ou médico para solicitar a receita e, a partir de então, pegar os preservativos. São distribuídas 15 unidades por pessoa ao mês. Mensalmente, a Secretaria de Saúde distribui 8 mil preservativos, adquiridos com recursos municipais.

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