Dia 26 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção de Gravidez na Adolescência, que é uma das mais importantes causas de abandono escolar entre meninas de 15 a 17 anos. Os índices de gravidez na adolescência são alarmantes, num país como Brasil, em pleno crescimento econômico e com maior participação de pessoas de baixa instrução no mercado consumidor. Pelos dados oficiais do Datasus – Ministério da Saúde – 24% dos bebês nascidos vivos no Brasil em 2005 são filhos de meninas entre 10 a 19 anos. No estudo Juventudes Brasileiras, realizado pela Unesco, 25% das meninas que engravidam na adolescência abandonam a escola. A evasão escolar é uma das conseqüências imediatas da gravidez na adolescência.
Entretanto, para os brasileiros e autoridades do país, uma boa notícia. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde nesta semana mostrou que o número de partos em adolescentes, considerando meninas entre 10 e 19 anos atendidas no SUS (Sistema Único de Saúde), caiu 30% em dez anos.
Foram 485,6 mil partos em 2008 contra 699,72, em 1998. De acordo com o Ministério da Saúde, a queda deve-se ao acesso a políticas de saúde. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a redução ultrapassou 35%.
Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra pelo Ministério da Saúde de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior feita por um governo no mundo. Grande parte dessa leva é distribuída em campanhas como as do carnaval, cujo foco são adolescentes e jovens. Antes do carnaval de 2009, foram entregues aos estados 19,5 milhões de preservativos.
O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre planejamento familiar as comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes e jovens das cidades atendidas. Em 2000, o índice de cobertura era 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil.

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