“Ninguém é insubstituível” nos ensinava um velho professor de economia/administração há algumas décadas, lá no velho IMACO, em BH. Também pudera, pensamos nós, ele jamais imaginaria o que seria alguém administrar finanças municipais ou uma Controladoria, no ano de 2015, em Formiga. É só por isso que hoje discordamos do velho mestre e acreditamos que por aqui existem alguns que, mesmo não sendo insubstituíveis, durante algum tempo farão sim, muita falta, a esta administração.
Antônio Carlos de Alvarenga (Toinzinho), certamente abre uma lacuna no quadro do primeiro escalão deste governo, ao se exonerar.
Sua saída, segundo se depreende do contido em seu pedido de exoneração, se deve à necessidade de cuidar de interesses pessoais (mais que legítimos) e o prefeito Moacir já teria sido cientificado anteriormente deste prazo, agora findo e entre eles acordado.
O fato é que ele, pela segunda vez, participa deste governo controlando as finanças municipais. Não há dúvidas de que a missão que lhe foi confiada, foi desempenhada com muita lealdade e competência. Enquanto secretário, ao que se sabe, trabalhou com afinco na busca da melhor gestão dos recursos públicos onde, sem dúvida, obteve êxito, especialmente quando se leva em conta a crise que se abateu neste período sobre municípios, Estado e União.
Uma rápida análise das contas deste governo, nos dois períodos em que ele (Toinzinho) atuou, nos confirma esta verdade.
Além de profundo conhecedor das questões que envolvem a gestão administrativo-financeira, Toinzinho Alvarenga, desde o tempo em que aqui atuou como principal gerente da agência do Banco do Brasil, deixou marcas indeléveis de sua competência e de sua extrema seriedade no trato da coisa pública. Seu incondicional amor a esta cidade, que ele faz questão de afirmar, o adotou assim como ele o fez com relação a esta terra, foram marcas que ficarão para sempre.
Na esfera municipal, Toinzinho extrapolou muitas vezes os limites impostos ao cargo a ele confiado, tendo sido um dos principais conselheiros do prefeito, atuando em todos os momentos em que foi chamado a fazê-lo.
Sua larga experiência no campo administrativo-financeiro foi explorada por este governo e não podemos nos esquecer que inúmeras das soluções por ele propostas e adotadas, ainda que em parte, se até então não deram os resultados esperados, uma vez mantidas, certamente resultarão em benefícios aos cofres públicos a médio prazo.
Também há que se destacar a facilidade que Toinzinho tem para se comunicar, o que fez dele, ao menos nos últimos meses, um dos principais interlocutores entre a municipalidade, o funcionalismo, órgãos de imprensa e outros atores interessados na causa pública. Isto a ponto de, nas últimas negociações com o sindicato, um de seus dirigentes afirmar que: “agora acredito no cumprimento do prazo combinado. Toinzinho garantiu”…
Não há dúvidas de que governo Moacir Ribeiro, acaba de perder um excelente colaborador.
Cleuton
E como dizem que não há nada de ruim que não possa piorar, o jornal confirmou na quinta-feira (20) outra baixa de igual importância.
Cleuton Lima também apresentou ao Gabinete o seu pedido de exoneração, ainda não publicado, sabe-se lá por quais motivos.
Ele é conhecido por sua imensa competência e pela seriedade e lealdade aos princípios éticos e morais que sempre o nortearam nas missões a ele confiadas.
Cumpridor das leis e homem tido como incapaz de trilhar qualquer caminho que o afaste das normas e leis vigentes, Cleuton certamente, ao decidir não mais assumir cargos no escalão superior na atual fase de sua carreira pública, que ainda não terminou, fará também muita falta a este governo.
Ele é, talvez, o maior entendido dentro desta administração das intrincadas questões que envolvem a contabilidade pública, especialmente, no que tange ao cumprimento das normas legais e fiscalizatórias impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pelos Tribunais de Contas do Estado e da União.
Esta também, tal e qual a anterior, é uma baixa de peso nos quadros da atual administração.
Moacir deve “estar de luto”.