Após a morte da idosa Maria Madalena da Silva de 63 anos, na tarde de segunda-feira (29), que esperou 2h30 por atendimento por falta de médico e por não ter recebido atendimento adequado à gravidade do seu problema (tromboembolia pulmonar), vindo a falecer cerca de 7 horas após chegar ao PAM, a Prefeitura de Formiga emitiu uma segunda nota de esclarecimento, dessa vez admitindo a falha no atendimento.
Confira a nota na íntegra:
?A Prefeitura de Formiga repudia veementemente mais este episódio absurdo de falha no atendimento médico de responsabilidade da Santa Casa de Caridade de Formiga no Pronto-Atendimento Municipal (PAM). O povo de Formiga, por meio da Prefeitura, paga à Santa Casa R$ 134 mil mensais para que seja garantido um atendimento pleno, digno e de qualidade aos formiguenses. É inaceitável que episódios como este voltem a acontecer e que, por qualquer razão, não haja médico disponível no PAM.
A medida imediata da Secretaria de Saúde será a notificação da Santa Casa ainda nesta semana. Independentemente da situação, é dever da contratada garantir médicos à disposição da população.
O histórico da paciente em questão já era grave? Sim. Mas esse quadro só reforça a necessidade de o atendimento ter sido feito imediatamente. Mesmo que esse atendimento não fosse suficiente para salvar a vida da paciente, trata-se de dever básico ter oferecido a ela todo o cuidado necessário e com agilidade.
A Prefeitura de Formiga considera esta situação gravíssima e, assim como o povo formiguense, aguarda explicações urgentes por parte do hospital. Além de notificar a Santa Casa, a Secretaria de Saúde continuará descontando as horas sem médico do pagamento ao hospital e já iniciou estudos para contratar outra instituição ou até mesmo contratar diretamente os profissionais para o PAM.
A Administração Municipal expressa seu mais profundo pesar e se solidariza com a família da paciente. Convoca ainda a população e toda a sociedade organizada a ajudar na fiscalização do contrato. A Prefeitura de Formiga não descansará enquanto não houver um atendimento digno no PAM?.

Entenda o caso
A idosa de 63 anos morreu na tarde dessa segunda-feira (29), por volta das 16h.
Em entrevista ao portal, o filho da idosa, Rubens da Silva, que trabalha como ajudante geral, afirmou que por volta das 8h30, quando chegou ao Pronto Atendimento Municipal não havia nenhum médico para atender a mãe dele, dona Maria Madalena da Silva. A idosa passou pela pré- consulta e precisou esperar mais de 2 horas até a chegada do médico, mesmo sentindo fortes dores na perna e possuindo um histórico de hipertensão e diabetes.
Cerca de sete horas após chegar ao PAM, onde permaneceu apenas tomando soro e com o oxigênio, Dona Maria Madalena faleceu, de acordo com nota da Prefeitura por tromboembolia pulmonar.
Contradições
Na primeira nota enviada pela administração, a pedido da redação do portal, foi descrito o atendimento à idosa e explicado que, diante do quadro aparente e seguindo o Protocolo de Manchester, adotado no PAM, seria normal que a mesma esperasse por atendimento até por duas horas. Foi dito ainda que a idosa já estava acamada há cerca de um mês após uma queda. A Prefeitura informou que todo o atendimento lhe foi devidamente prestado e apenas admitiu o problema da falta de médicos.
Contrato
De acordo com o contrato firmado entre a Secretaria de Saúde e a Santa Casa, os plantões no Pronto Atendimento Municipal devem ser feitos diariamente por dois médicos. O valor mensal do contrato é de R$134 mil/ mês.

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