Os equipamentos de segurança exigidos pela Agência Nacional de Aviação (Anac), para a liberação dos voos comerciais no Aeroporto de Divinópolisforam adquiridos pela Prefeitura, e devem ser instalados a partir de dezembro no terminal. A informação foi confirmada ao portal G1 nesta quinta-feira (25) pelo Secretário de Desenvolvimento Econômico, José Alonso Dias.

Uma reunião realizada na sede da Prefeitura na manhã desta quinta tratou deste assunto. Participaram do encontro representantes da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Divinópolis (Acid) e Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), de questões relacionadas ao aeroporto.

Os voos estão suspensos desde março, devido a um impasse financeiro entre a Socicam, empresa que administrava o terminal, e a Prefeitura de Divinópolis. Na época, a suspensão dos voos foi anunciada pela Azul Linhas Aéreas, que desde então, tem mostrado interesse em retomar as atividades na cidade.

O secretário informou que todos os procedimentos para a retomada dos voos estão sendo notificados ao Ministério Público. Alonso também explicou o que será feito no aeroporto. “Trata-se de uma Estação Meteorológica de Superfície Automatizada, equipamento avaliado em R$60 milhões e que permitirá a ampliação dos serviços pelo aeroporto”, disse José Alonso.

O Procurador-geral do Município, Wendel Santos, esteve presente na reunião e falou sobre a nova empresa que vai assumir a gestão do terminal.

“A empresa LG, de gestão aeroportuária, assumirá os serviços aeroportuários por dois meses, de forma totalmente gratuita. Durante este período, o Município abrirá um procedimento licitatório na modalidade pregão eletrônico para a contratação definitiva de uma administradora para o aeroporto”, informou.

Entenda o caso

 No dia 27 de março, a Prefeitura informou que pretendia reajustar o aluguel de hangares do aeroporto para levantar recursos e, assim, manter os voos comerciais em atividade. Três dias depois, no dia 30 de março, a Azul Linhas Aéreas anunciou que suspenderia os voos comerciais no aeroporto da cidade devido à dívida do município com a Socicam.

Em abril, a gestão do local foi transferida para a Emop de maneira provisória. No mesmo mês, a Acid propôs arcar com as despesas de equipamento para reativar os voos no local.

No início de junho, quando o aeroporto completou três meses sem voos, a Prefeitura informou que um processo licitatório para a terceirização da administração do terminal estava em andamento.

No dia 13 de julho, a empresa interessada em assumir o local realizou um treinamento em um hangar particular do aeroporto.

No dia 17 de julho, após reunião na Prefeitura, ficou acordado que a empresa responsável pelo treinamento assumiria a administração do local. Foi comunicado ao empresariado e ao Grupo Gestor que a Controladoria Geral tinha barrado o contrato por ser ilegal a contratação emergencial de empresas em situações aeroportuárias.

 

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