A mulher do homem de 61 anos que recebeu quatro doses da vacina contra Covid-19 em Viçosa, na Zona da Mata mineira, também é investigada após ter sido imunizada com a mesma quantidade dos inoculantes. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou, em nota, nessa terça-feira (13), que ambos receberam três doses na cidade, duas da Coronavac e uma da Pfizer, e uma dose da Astrazeneca no Rio de Janeiro. O inquérito ainda está em andamento.

O Ministério Público emitiu, na semana passada, uma nota técnica detalhando as punições para quem cometer o mesmo tipo de infração. Quem esconder que fora imunizado para receber novas doses, incorrem em crime de estelionato, com pena de um a cinco anos de reclusão em regime fechado, com agravamento de um terço por ter sido praticado contra o poder público. Há também possibilidade de multa a ser fixada pelo Judiciário caso a caso. 

Em resposta à descoberta do caso do homem suspeito, a prefeitura do município mineiro ajuizou uma ação civil pública contra ele na última sexta-feira (9). A informação que alertou as autoridades para a aplicação de doses extras está registrada na Coordenadoria de Imunização da Secretaria de Saúde de Viçosa. O Executivo pede reparação por dano moral coletivo. 

“A descoberta ocorreu após a pessoa abordar a equipe de imunização alegando ter 61 anos de idade e ter perdido sua data correta de vacinação. Após a aplicação do imunizante e conferência de dados, pois o indivíduo apresentou apenas o seu CPF, foi constatado que ele havia tomado duas doses da Coronavac em Viçosa, uma da Astrazeneca no Rio de Janeiro e a última da Pfizer, também em Viçosa. A prefeitura, imediatamente, após a constatação do fato, acionou sua Procuradoria Geral para a tomada de medidas de cunho cível e administrativo, e o Ministério Público, para fins criminais”, informou a prefeitura.

Fonte: O Tempo

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