A projeção para o crescimento da economia no próximo ano foi elevada segundo analistas do mercado financeiro. A estimativa para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 4,83% para 5%, em 2010. Para este ano, a projeção teve ligeira alta, de 0,20% para 0,21%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), baseadas em estimativas dos analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
As projeções para o crescimento da economia são importantes tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. No caso das empresas, as estimativas servem como indicativo sobre qual será a demanda pelos seus produtos. Já para os trabalhadores, as projeções sobre o PIB têm a ver com a disponibilidade de emprego e até mesmo com as perspectivas salariais do mercado de trabalho.
Além das projeções dos analistas do mercado financeiro, o governo também faz estimativas para os indicadores. Para o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, mais otimista, o Brasil terá em 2010 um crescimento econômico em níveis semelhantes ao da China e assim, dobrará o número de empregos para 2 milhões. A projeção do ministro é de um crescimento do PIB de 7% a 8%. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o atual nível de recuperação indica uma previsão de crescimento da economia na casa de 5% em 2010. Essa é a mesma projeção feita pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Além da estimativa para o PIB, o boletim Focus também divulga projeções para outros indicadores. No caso da produção industrial, os analistas não esperam recuperação neste ano, mas somente em 2010. A expectativa para 2009 passou de -7,70% para -7,64%. Para o próximo ano, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 6,05% para 6,55%.
Segundo o boletim, não foi ajustada a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, que permaneceu em 44% em 2009, com alteração de 42% para 42,20% em 2010. A expectativa para a cotação do dólar também foi mantida em R$ 1,70 ao final de 2009 e em R$ 1,75 ao fim de 2010.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano passou de US$ 25,5 bilhões para US$ 25,2 bilhões. Para 2010, os analistas reduziram a estimativa de US$ 16 bilhões para US$ 15 bilhões.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) neste ano, os analistas alteraram a estimativa de US$ 16,9 bilhões para US$ 17 bilhões. Para 2010, foi ajustada a projeção de US$ 33,250 bilhões para US$ 34,3 bilhões.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) em 2009 foi mantida em US$ 25 bilhões e em US$ 35 bilhões para 2010.

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