Criados por iniciativa de moradores, os Bancos Comunitários, visam conceder crédito e estimular o desenvolvimento de uma comunidade. Atualmente, o Brasil contabiliza hoje 51 desses bancos, que já concederam mais de R$ 10 milhões em empréstimos desde 1998, com a ideia de fazer com que a renda dessas pessoas circule dentro da comunidade.
E para atingir essa premissa, foram criadas moedas sociais, de acordo com nomes que a identifiquem na região. Por exemplo, o Banco Palma, primeiro a ser criado no país, localizado no conjunto habitacional Palmeira, na periferia de Fortaleza (CE), possuí o ?Palma?. Lá, os valores estão lastreados em reais, ou seja, cinco Palmas valem R$ 10. Com a valorização local, o banco comunitário busca fechar convênios no comércio da região. Esses procuram conceder descontos no pagamento com moeda social. Para obter a nova moeda, é preciso ou trocá-la por reais ou a tomar empréstimo. Nesse caso, o pagamento é feito em até quatro vezes, mas pode ser ampliado em algumas comunidades.
Além do crédito para consumo, é possível também acessar o microcrédito produtivo. Esse, destinado a empreendimento econômico, tem taxas de juros que variam de 1% a 3% e o valor máximo pode chegar a R$ 10 mil em até 12 parcelas. Para a liberação do recurso, é feita a consulta aos órgãos de proteção de crédito, mas também é realizada, na casa do cliente, uma avaliação sobre sua capacidade de pagamento, sendo que a consulta ao SPC não elimina o crédito.

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