Nesta quarta-feira (21), um estudante de engenharia, de 24 anos, protagonizou uma grande confusão após tomar meio vidro do ansiolítico rivotril – remédio de uso controlado -, fugir da Unidade Pronto Atendimento (UPA) Norte, em Belo Horizonte, e incendiar a casa onde mora com a mãe, no bairro Jardim Felicidade, também na região Norte da capital mineira. 

No incêndio, a mãe do suspeito, de 43 anos, uma vizinha com duas crianças, uma grávida e um cachorro cego precisaram ser socorridos pela Polícia Militar. Além disso, os militares também inalaram muita fumaça e precisaram de atendimento médico.

De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito foi levado pela manhã na UPA Norte após ter um surto e tomar meio vidro de rivotril, medicamento para uso psiquiátrico. Ao chegar na unidade de saúde, ele agrediu os funcionários e a Polícia Militar foi acionada para apartar a situação. Ele também agrediu os policiais. 

Enquanto ainda estava internado no local e, já sem a presença da PM, ele fugiu da unidade de saúde e foi para a casa onde mora com a mãe, no bairro Jardim Felicidade. No local, ele colocou fogo na residência e se sentou no sofá. A mãe dele ficou em estado de choque e presa nos fundos da residência. A PM foi novamente acionada.

Quando os militares chegaram, o homem se agarrou ao sofá e disse que não iria sair. Ele repetia várias vezes que iria embora para São Paulo e se mostrava bastante transtornado.  Os policiais precisaram usar de força física para conter o homem. 

A mãe dele ficou presa nos fundos da residência junto com uma vizinha e duas crianças. A vizinha conseguiu correr com os filhos, mas a mulher em estado de choque não conseguiu sair. Uma policial militar foi até a vítima e a puxou pelo braço. O fogo aumentou muito e as duas ficaram por alguns minutos presas na residência até encontrarem um caminho por onde pudessem sair. 

O imóvel tem dois andares e no andar de baixo estava uma mulher grávida de seis meses. Ela passou mal com a fumaça e foi encaminhada ao Hospital Sofia Feldman, no bairro Tupi, também região Norte, onde foi atendida e liberada. 

Os policiais, a mãe e o suspeito foram para a UPA Norte para serem atendidos por causa da inalação de fumaça. Um cachorro cego que estava em uma casa vizinha ao incêndio também foi socorrido. O Corpo de Bombeiros conseguiu conter as chamas no local. 

A mãe contou aos policiais que o suspeito sofre de depressão e que tenta se matar com frequência. Ele tinha marcas de automutilação pelo corpo. De acordo com informações da Polícia Militar, o rapaz cursa o 6º período do curso de engenharia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Na UPA Norte, ele recusou novamente atendimento médico e foi conduzido a Delegacia de Plantão da Polícia Civil 1, no bairro Floresta, região Leste da capital, junto com a ocorrência. 

Fonte: O Tempo

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