Um estudo do Serviço Geológico do Brasil, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia apontou que 18 das 21 atrações turísticas do Parque Nacional da Serra da Canastra têm algum tipo de risco geológico. Destes, oito pontos ficam localizados no Sul de Minas, na cidade de Delfinópolis (MG).
Apesar do perigo aos turistas, os geólogos não apontaram necessidade de interdição dos locais de risco, apenas de fechamento em caso de chuva intensa e sinalização informativa sobre possíveis acidentes.
Além dos perigos naturais de queda, tombamento, rolamento de bloco rochoso, deslizamento de solo, e enxurrada, os turistas também devem ter cuidados ao aproveitar cachoeiras como explica o Sargento Herbert Henrique Vilhena, do Corpo de Bombeiros de São Sebastião do Paraíso.
“As cachoeiras também oferecem risco de afogamento, e lesão na cervical em decorrência de mergulhos e saltos. A questão das cabeças d’água é bastante problemática também, por isso as pessoas devem ficar de olho na previsão do tempo e sair da água ao perceber qualquer mudança climática de chuva, aumento no volume de água ou barulho forte vindo da cabeceira do rio”, disse.
De acordo com o estudo do Serviço Geológico, as cachoeirras que oferecem perigo em Delfinópolis e os respectivos graus de risco são:
- Cachoeira Triângulo: risco de queda e rolamento de bloco rochoso e enxurrada – risco alto
- Cachoeira Vai quem pode: risco de queda de bloco rochoso e enxurrada – risco alto
- Cachoeira das Borboletas: queda e rolamento de bloco rochoso e enxurrada – risco alto
- Cachoeira dos Lambaris: enxurrada – risco alto
- Cachoeira Coqueirinhos: queda e rolamento de bloco rochoso e enxurrada – risco alto
- Cachoeira do Sofazinho: enxurrada e queda de blocos rochosos – risco entre alto e baixo
- Cachoeira Paraíso I e II: enxurrada – risco alto
- Condomínio de Pedras: queda de blocos rochosos – risco alto
A Secretária de Turismo de Delfinópolis, Meire Aparecida Silva , informou que na próxima semana haverá uma reunião com a diretoria do Parque Nacional da Serra da Canastra em São Roque de Minas. Segundo a secretária, só depois será possível divulgar um posicionamento.