Os Estados Unidos bombardearam prédios em uma região no leste na Síria nessa quinta-feira (25). Os alvos eram instalações de milícias que recebem apoio do Irã, de acordo com os militares americanos.

Segundo as Forças Armadas dos EUA, essa ação foi uma retaliação a um ataque com míssil no Iraque no início deste mês.

Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram em consequência do ataque americano. As autoridades disseram que foi “um punhado” de gente, de acordo com o “New York Times”, mas os militares não fizeram um balanço da operação.

De acordo com informações preliminares do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os ataques destruíram três caminhões de munições que chegavam do Iraque em um posto de fronteira ilegal, na cidade síria de Abu Kamal.

Esse ataque aéreo foi a primeira ação militar do governo de Joe Biden. O presidente autorizou o bombardeio porque considerou que era necessário retaliar os inimigos pelo ataque no Iraque, e que há ameaças aos militares americanos na região, de acordo com a assessoria de imprensa das Forças Armadas dos EUA.

A Casa Branca divulgou um comunicado no qual informa que Biden discutiu o bombardeio pelo telefone com o primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhimi. Os dois teriam concordado que era preciso responder aos ataques do começo do mês.

“Esta resposta militar proporcional foi conduzida junto com medidas diplomáticas, incluindo consultas com parceiros da coalizão”, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby. Pentágono é o nome do edifício onde fica a sede das Forças Armadas dos EUA.

Ataque das milícias no dia 15 de fevereiro

No dia 15 de fevereiro, um míssil atingiu o aeroporto de Erbil, no Iraque. Um empreiteiro de origem filipina que trabalhava para os americanos morreu, e outras seis pessoas ficaram feridas (quatro terceirizados americanos e um membro da guarda nacional dos EUA entre eles).

Erbil fica em uma região semi-autônoma do Iraque, administrada por curdos. No aeroporto da cidade, há uma base militar que recebe tropas estrangeiras. É o Iraque que investiga quem foram os responsáveis pelo ataque ao local.

Um grupo militante xiita pouco conhecido que se autodenomina Saraya Awliya al-Dam, nome árabe para Guardiões da Brigada de Sangue, assumiu a responsabilidade.

Uma semana depois, houve um outro ataque de míssil, esse na Zona Verde de Bagdá (uma região que foi o centro da autoridade governamental durante a ocupação do Iraque e, hoje, é onde há mais presença internacional). Aparentemente, o alvo era o complexo onde fica a embaixada dos EUA. Ninguém ficou ferido.

O Irã disse que não tem ligações com os Guardiões da Brigada de Sangue.

A frequência de ataques de grupos de milícias xiitas contra alvos dos EUA no Iraque diminuiu no final do ano passado, antes da posse do presidente Joe Biden. Agora, o Irã pressiona os Estados Unidos para retornar ao acordo nuclear de 2015.

Fonte: G1

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