O ex-deputado Valdir Colatto (MDB-SC) foi nomeado nesta segunda-feira (25) para o cargo de diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério da Agricultura. A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (25).

O nome de Colatto para o cargo já havia sido anunciado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em uma rede social, ainda em janeiro.

Integrante da Frente Parlamentar Agropecuária do Congresso, conhecida como a bancada ruralista, Colatto não se reelegeu em outubro e já fez discursos críticos ao percentual de terra que deve ser preservado por fazendeiros.

Criado em 2006, o Serviço Florestal Brasileiro era vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, mas desde 1º de janeiro, quando o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP) para reestruturar o governo, o serviço passou a ser vinculado à pasta da Agricultura.

De acordo com o site do órgão, cabe ao SFB “promover o conhecimento, o uso sustentável e a ampliação da cobertura florestal, tornando a agenda florestal estratégica para a economia do país”.

Cobertura florestal

Em 7 de fevereiro do ano passado, Colatto fez um discurso no qual criticou o percentual de preservação de terra nas fazendas.

“No Brasil, 20,5% da área das propriedades são de florestas. O agricultor paga essa conta sem que haja nenhum dividendo com a cidade. Quem é que deixa 20%, 35% ou 40% da sua propriedade, na área urbana, para a preservação do meio ambiente? Só a agricultura brasileira faz isso”, afirmou o deputado na ocasião.

Em outro discurso, em 11 de dezembro do ano passado, o novo chefe do Serviço Florestal Brasileiro disse que “66% das florestas no Brasil não são nada”.

 

Afirmou, ainda, que o Brasil precisa “refletir” sobre as atuais regras de preservação.

 

“Nós temos que pensar que 66% das florestas no Brasil não são nada se compararmos com as da Europa, que não chegam a ter 0,5% de floresta. E eles ainda querem dizer o que devemos fazer aqui? Ora, se quiserem que mantenhamos nossas florestas, que nos paguem com serviços ambientais, como fazem os Estados Unidos e a Europa, onde quem preserva a floresta recebe por isso”, declarou.

 

 

Fonte: G1 ||

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