Exame toxicológico confirmou a presença do composto orgânico dietilenoglicol, encontrado pela Polícia Civil em garrafas do rótulo Belorizontina, da Backer, no sangue do empresário e morador de Nova Lima que está internado em um hospital da mesma cidade. Ele enfrenta sintomas da intoxicação exógena que resulta na síndrome nefroneural.

Nessa sexta-feira (10), a força-tarefa criada pelas autoridades para lidar com o caso confirmou que a substância química, que quando ingerida se torna compatível com os sintomas sentidos pelos pacientes, foi encontrada na corrente sanguínea de três pacientes. Ou seja, um deles é o morador de Nova Lima.

A informação foi repassada ao portal Estado de Minas, neste sábado, por fronte ligada à família do paciente.

De acordo com a fonte, o resultado do exame toxicológico saiu na sexta-feira, apontando a “presença do dietilenoglicol no sangue” do executivo, de 56 anos. Ele está internado no Hospital Biocor, no bairro Vila da Serra, e o quadro está estável.


O executivo sentiu os primeiros sintomas da doença na passagem de ano. Ele estava em uma fazenda em Sete Lagoas, na Região Central do estado, onde teve um desconforto estomacal.

No retorno para Nova Lima, no dia 1º, o quadro se agravou com a perda da visão e deficiência renal. Ele foi internado, em estado grave, no dia 2 de janeiro.


Segundo uma fonte, por ocasião do Réveillon, ele tomou a cerveja Belorizontina. Em cervejas deste rótulo a perícia da Polícia Civil constatou, em duas linhas de produção (L11348 e L21348), a presença do composto orgânico dietilenoglicol, também conhecido como éter de glicol.


De acordo com a infectologista de Silvana Barros, quando ingerido, o dietilenoglicol destrói parte de dentro das células e pode provocar insuficiência renal e problemas neurológicos.

Segundo ela, os sintomas começam com náusea e vômitos e podem evoluir para alterações nos rins e insuficiência renal. Também pode provocar visão borrada, cegueira e paralisia facial.

O outro lado

Em entrevista coletiva concedida no Vila da Serra na noite dessa sexta, a cervejaria Backer voltou a negar que usa o dietilenoglicol em seu processo de produção. Pessoas ligadas à empresa disseram que a fábrica faz uso do monoetilenoglicol, em vez do composto que pode ter causado os casos de síndrome nefroneural.

 

Fonte: Estado de Minas||
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