Um grupo de excedentes nos concursos para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Militar de Minas Gerais acampam em frente à casa do governador Romeu Zema (Novo), no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, desde sexta-feira (4). Eles cobram que o governo de Minas convoque todos os excedentes dos processos seletivos, em um cenário de déficit de profissionais na segurança pública. 

Os editais para o concurso foram abertos em 2018 e, devido à pandemia, o prazo para convocação de excedentes foi estendido — mas só até o final deste ano, explica uma das manifestantes, a professora Luana da Costa, 25, que prestou concurso para o Corpo de Bombeiros.

Ela afirma que um grupo de dez a 15 pessoas se revezam na ocupação do acampamento e que a vizinhança tem cedido banheiros e realizado doação de comida para eles. “Não vimos o governador até agora. Vamos ficar aqui até o dia em que ele fizer a convocação (dos excedentes)”, diz. Os manifestantes planejam se dispersar por ruas da capital na próxima sexta-feira (11) com faixas alertando sobre o déficit da segurança pública. 

A analista de sistemas Adriana de Souza, 30, relata que gastou entre R$ 1.200 a R$ 1.500 em material para o curso de formação como policial militar quando soube que era excedente no concurso. Mas sua situação não seria a mais grave: de acordo com ela, colegas teriam até se mudado de cidade, contando com a convocação, tradicional nos concursos da PM. “Pessoas de outros Estados se mudaram para a região onde haveria o curso para adiantar, porque existe uma cultura de que todos os excedentes são chamados”, pontua.

Fonte: O Tempo Online

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