Da Redação
A falta de respeito e de empatia de pessoas da cidade de Formiga tem feio uma jovem de Formiga viver momentos angústia desde a divulgação, por parte da Secretaria de Saúde, de três novos casos do novo coronavírus em Formiga, o que ocorreu na manhã de quinta-feira (7).
Como é de praxe, a identidade dos infectados não foi divulgada pelo órgão de Saúde. A informação que se tornou pública foi apenas de que dentre os doentes está uma jovem de 19, que se infectou de forma comunitária (sem que se saiba o local específico).
Mesmo sem saber quem seria a paciente, sabendo apenas o sexo e a idade da paciente, pessoas passaram a divulgar o nome e a conta no instagram de Laís Francielly Faria Pimenta, apontando que ela seria a pessoa infectada, o que não é verdade, segundo apuração do Últimas Notícias.
Apavorada e com medo de ser hostilizada caso precise sair de casa, a jovem teme ainda, que a situação prejudique a loja onde trabalha, uma vez que as pessoas evitariam de ir ao local por medo de contrair a doença. “Estou afastada do trabalho por ser grupo de risco, mas estão espalhando informações minhas, inclusive onde trabalho. Moro com a minha avó e só saio de casa por extrema necessidade e estou com muito medo. As pessoas já estão estranhas comigo e perguntando se é verdade que estou doente”, comentou Laís, que está abalada com a situação.
Além de buscar ajuda no portal, ela registrará o caso na polícia.
ESTIGMA
Além do erro de apontar de forma equivocada a jovem que estaria infectada pelo novo coronavírus, o caso evidencia o estigma que a doença já carrega.
Hostilizar o doente a partir da mera hipótese de que o mesmo tenha contraído a Covid-19 por irresponsabilidade é um erro gravíssimo. A doença tem extrema facilidade para se espalhar e é impossível relacionar todos os casos à falta de cuidados.
ALERTA
O caso de Lays serve de alerta para pessoas que costumam passar a frente informações inverídicas por meio de redes sociais e aplicativos.
Tal ação é considerada crime ciberneticístico, estando passivo à punições conforme a Lei que regulamenta a matéria.
No Brasil há casos de pessoas agredidas e até mortas devido a informações falsas repassadas pela internet.
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