Apesar da capina realizada no corredor de entrada do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Formiga, no restante da área do centro, a situação é preocupante.
Por se tratar de um imóvel com bastante área gramada, combinado com as chuvas dos últimos dias, o mato está muito alto, deixando o local propenso ao aparecimento de animais peçonhentos. Segundo informou um dos funcionários do centro, duas cobras foram ali capturadas nos últimos dias. Porém, por razões óbvias, a informação não foi confirmada por meio de fotos ou pela administração municipal, de vez que a Secretaria de Comunicação esteve fechada do dia 18 de dezembro a 2 de janeiro.
O Caps, que permaneceu aberto mesmo no período em que esteve em vigor o decreto que determinou ponto facultativo em toda a administração, recebe todos os dias, pacientes que passam várias horas naquele local, onde participam de oficinas terapêuticas, são medicados e alimentados.
Por ficarem várias horas no centro, é comum ver usuários passeando pela área gramada. Alguns precisam fazer uso de medicamentos fortes e ficam sonolentos e com a percepção afetada, talvez por isso, a necessidade de que a área esteja devidamente limpa para evitar, inclusive, o ataque de animais peçonhentos.
Outro problema noticiado várias vezes pelo jornal Nova Imprensa/Últimas Notícias é a piscina do local, que por um bom tempo serviu de criatório de dengue, depois foi limpa e mantida cheia e, agora, está novamente sem manutenção e com a água bem poluída, de coloração esverdeada continua se prestando à criação e desenvolvimento de larvas. A área da piscina permanece aberta, sem nenhum tipo de cercamento o que, por si só, já representa sério risco aos que dela se aproximam.
Na terça-feira (31) a equipe do jornal voltou ao local e além de confirmar os problemas denunciados anteriormente, quando o centro era dirigido pela atual secretária adjunta de Saúde (Maiara Freitas), agora agravados pela vegetação espessa que cresce em abundância, flagrou vários rolos de tela enferrujando no meio do mato. Este material, provavelmente seria o que a administradora, em outra oportunidade, instalaria para dar segurança aos usuários e, que agora, com as chuvas e a maneira como foi deixado jogado e exposto na área externa do centro, se enferruja e demonstra na prática, o cuidado que nossos administradores têm dispensado aos recursos advindos do pagamento de nossos impostos.
Se a prioridade dessa administração é mesmo a saúde, que se lembre de que antes de ações eficientes nos tratamentos ou em casos de emergência, o mais importante é investir pesado na prevenção e, nesse caso, mais ainda, pois por atos de negligência permitir que alguém venha a se machucar ou a ser atacado por animal peçonhento dentro de um centro de saúde, é algo inadmissível.
Não faz muito tempo, repetimos, o Caps era coordenado pela hoje secretária adjunta de Saúde, Maiara de Freitas. Se problemas simples como o isolamento da área da piscina não foram solucionados em alguns meses de sua gestão, agora, diante do enorme desafio da saúde pública, em especial a de Formiga, espera-se que ela, quem sabe, com maior poder de decisão, venha a incrementar ações menos morosas e mais eficientes naquela pasta. Afinal de contas, isto é o mínimo que podem esperar aqueles que como pagadores de impostos ou não, têm resguardados constitucionalmente seus direitos quanto ao atendimento no mínimo digno e eficaz em matéria de saúde pública.

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