O MilkPoint publicou recentemente o levantamento Top 100, que procura estudar os 100 maiores produtores de leite do país. A cidade de Formiga está incluída no grupo e tem como representantes dois produtores rurais do município: Paulo Rodrigues Nunes, com 3.551,450 litros de leite comercializados em 2011 e Leonardo de Almeida Braga, que produziu 2.495 milhões de litros de leite no ano passado.
Iniciado em 2001, o levantamento Top 100 visa conhecer quais são e aonde se localizam os maiores produtores de leite do Brasil, suprindo uma lacuna de informação existente no setor e permitindo que se acompanhe, no âmbito dos grandes produtores, as alterações da chamada ?geografia do leite no país?.
Mesmo não representando uma parcela significativa da produção, a pesquisa permite que se faça inferências a respeito das tendências entre aqueles que estão na ponta – ao menos em volume de leite.O relatório completo pode ser acessado no link http://www.milkpoint.com.br/top100/final/2012/
Segundo o artigo escrito pelo coordenador do MilkPoint, Marcelo Pereira de Carvalho, um primeiro aspecto que chama a atenção é que, nos últimos seis anos, os 100 maiores cresceram menos do que a produção inspecionada brasileira, tanto na média como em valores absolutos em todos os anos. Na média, o Top 100 cresceu 3,40% ao ano nos últimos seis anos, contra 4,80% da produção total, considerando que em 2011 a produção inspecionada teria crescido 2,9% – dados não confirmados ainda.
?É intrigante o fato dos maiores produtores crescerem menos do que os demais, ainda que não tenhamos base para comparação em relação ao que ocorre no restante do mundo ou mesmo em outros segmentos da economia. Os dados do Censo do IBGE de 2006/2007, trabalhando com outra base de dados, concluíram de forma semelhante que os produtores com mais de 200 kg/dia representam uma porcentagem de leite menor do que há 10 anos?, ressalta o articulista.
Ainda de acordo com o artigo, os maiores produtores de leite são aqueles que têm melhor potencial de negociação, seja na venda do leite, seja na compra de insumos. Também, estão em uma melhor posição para ter acesso à informação e contratar melhor do que os menores produtores, uma vez que as possibilidades de remuneração e ascensão são maiores do que em um pequeno produtor de leite.
Outro ponto de destaque no artigo é acerca da participação de outros estados na produção de leite, como a perda de participação do Sudeste ao longo do tempo, ainda que Minas Gerais tenha aumentado de 39 para 46 fazendas nesse período. Além da saída das fazendas do RJ e ES do ranking (eram 3 em 2001) e da perda de SP e subida do PR, nota-se o aumento das fazendas do Nordeste e Centro-Oeste.

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